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Reclusos em regime aberto vão trabalhar nas florestas e agricultura nos Açores

06 dez, 2017 - 07:24

Ao abrigo do protocolo, os reclusos vão integrar as equipas de colaboradores dos departamentos da agricultura e florestas na região, recebendo formação e competências nestas áreas.

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Reclusos em regime aberto vão poder desempenhar tarefas ligadas às florestas e agricultura nos Açores, ao abrigo de um protocolo assinado entre a secretaria regional da Agricultura e Florestas e a Direcção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais.

O director-geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), Celso Manata, disse que o protocolo "está desenhado para a ilha de São Miguel", mas "não quer dizer que não possa abranger reclusos que estão noutros estabelecimentos prisionais.

Ao abrigo do protocolo, os reclusos em regime aberto vão integrar as equipas de colaboradores dos departamentos da agricultura e florestas na região, recebendo formação e competências nestas áreas.

O documento tem validade de um ano, podendo ser prorrogado, e cada recluso receberá uma bolsa mensal como compensação pelas tarefas realizadas.

Celso Manata frisou que o acordo é também o retomar de uma iniciativa idêntica que ocorreu no passado e que se "revelou positiva", tendo por objectivo a reinserção de reclusos.

"O que vamos fazer é colocar um conjunto de pessoas que já cumpriram uma parte da pena. Que nós já conhecemos e que já tiveram algumas experiências bem sucedidas e que vão ter a oportunidade de trabalhar fora do estabelecimento prisional, exercendo uma actividade útil para a comunidade e dando provas que estão em condições de regressar a vida livre", salientou.

À margem da assinatura do protocolo, o director-geral de Reinserção e Serviços Prisionais destacou as medidas implementadas pelo Governo para diminuir a população prisional em Portugal, acrescentando que também no estabelecimento de Ponta Delgada, em São Miguel, "a ocupação tem baixado".

"Actualmente tem cerca de 170 reclusos o que é um abaixamento significativo tendo em conta que chegou a ter 210. É uma diferença grande que tem acompanhado a tendência a nível nacional", referiu.

Questionado sobre o ponto de situação da construção da nova cadeia de Ponta Delgada, lembrou que já foi encontrado o terreno para o novo estabelecimento prisional, indicando que, a nível dos serviços prisionais, já foi feita a definição do que se pretende construir. "A ideia que temos nos serviços é uma lotação de 400 indivíduos", adiantou, acrescentando que a nova cadeia de Ponta Delgada terá algumas celas para mulheres.

João Ponte disse que "actualmente o sector agrícola necessita ainda de mão-de-obra", considerando também que o governo tem que "estar disponível para este tipo de colaboração para a reinserção dos reclusos e capacitar as pessoas para o futuro".

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  • Lenine
    06 dez, 2017 Nilsk 15:12
    Tenho dúvidas da legalidade destas medidas. Esta medida só pode ser uma espécie de trabalho socialista, siberiano...
  • Renato Bastos
    06 dez, 2017 Ponta Delgada 11:01
    O Presidente do Governo Regional aprendeu bem a lição de outros tempos e no EUA. O trabalho escravo compensa

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