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Por causa da seca, autarca de Viseu pede ao Governo que desbloqueie linhas de apoio

03 dez, 2017 - 10:02 • Maria João Costa

Almeida Henriques diz que a população está a poupar três mil metros cúbicos de água todos os dias, mas a situação continua a ser crítica. À Renascença, apresenta a factura de 20 mil euros diários gastos em água.

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“A situação está controlada, mas é ainda crítica”, afirma o presidente da Câmara de Viseu, que por estes dias faz as contas à factura da água. Para responder à seca severa que o concelho enfrenta depois de um verão marcado pelos fogos, Almeida Henriques está a pagar “mais de 20 mil euros diários” para assegurar que 32 camiões façam o transporte da água na região.

Em entrevista à Renascença, à margem da terceira edição do Festival Literário Tinto no Branco a decorrer este fim-de-semana no Solar do Vinho do Dão, Almeida Henriques não tem dúvidas em classificar esta seca como “o problema mais grave neste momento na região”. O autarca explica que as “chuvas tiveram um pequeno efeito no caudal dos rios”, mas admite ainda não poder respirar de alívio.

“Tenho tido a preocupação que a cidade e concelho funcionem com normalidade”, diz o autarca depois de inaugurar o mercado de Natal numa das artérias principais da cidade. “A população já baixou três mil metros cúbicos/dia de consumo de água”, explica à Renascença Almeida Henriques, concluindo que isso “significa que a população está mesmo sensibilizada”.

Falta agora ao autarca sensibilizar mais o Governo para que a ajuda financeira chegue de Lisboa a Viseu. O autarca, que renovou o seu mandato á frente da câmara de Viseu, admite que tem havido “proximidade” do executivo, mas isso não chega. Almeida Henriques é categórico: “É preciso que o dinheiro chegue às pessoas”.

“No caso dos incêndios é preciso apoio directo, no caso da seca é preciso que nos sejam atribuídas linhas do Portugal 2020 para que possamos tomar medidas para que no futuro estas situações não se repitam”, indica o autarca.

A sensibilização para a poupança da água chegou também aos hotéis, explica Almeida Henriques, que sublinha a importância que a economia do turismo tem tido para a região depois dos incêndios que deixaram as serras negras e da seca. “Felizmente, ainda não se sentiu na nossa hotelaria e economia este efeito.”

Em Viseu, termina este domingo a terceira edição do Festival Literário Tinto no Branco. Pelo Solar do Vinho do Dão vão passar autores como Francisco José Viegas, Tiago Salazar, Pedro Mexia, o cronista Daniel Oliveira e o poeta Nuno Júdice.

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  • Paulo amaral
    03 dez, 2017 Viseu 20:13
    Axo uma piada axo estranho em pequeno inverno as retundas tarrem a regar a relva E a água sair pra estrada aí não é água perdida?pergunto eu
  • José Nabo
    03 dez, 2017 Val dos Mortos 18:45
    Falta d’agua ...Toda a gente fala da falta de água em Portugal e Espanha e em general no mundo mas não servem feito muito ,,, vamos a lua mas não sei porque ,, vivemos num mundo a onde a mais água que terra e estamos com problemas de falta de água ,, sem mais esperemos que um inteligente descubra qualquer coisa e que os políticos e os governos deste mundo pense mais com a cabeça censo olhado ao porta-moedas ,,, sem mais José Nabo
  • antonio machado
    03 dez, 2017 Viseu 11:56
    Este herdeiro directo do Sr Fernando Rotundas, logo das suas políticas tbm, é um grande responsável dos milhões gastos em futilidades, túnel, funicular, mega avenidas, rotundas aos pontapés, etc etc. E nos últimos 30 anos q la estão! ! ninguém se lembrou da questão das águas, a sua sustentabilidade. ... ninguém! !
  • Luis filipe
    03 dez, 2017 Viseu 11:25
    Como é que esse senhor explica o porque das piscinas municipais de Viseu ainda estarem abertas com toda esta situaçao de seca???

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