Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Número de fogos desceu no início de Agosto

08 ago, 2017 - 14:16

Houve menos 5% de ocorrências de incêndios na primeira semana de Agosto.

A+ / A-

O número de ocorrências de incêndios diminuiu 5% na primeira semana de Agosto, em relação à última de Julho, segundo o comandante nacional da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).

Durante o encontro semanal com os jornalistas, Rui Esteves afirmou que, entre 1 e 7 de Agosto, deflagraram menos 46 incêndios florestais, foram utilizados menos 19% dos operacionais (menos 5.328) e foram cumpridas menos 159 missões aéreas.

De 1 a 7 de Agosto, das 13 grandes ocorrências, em média por ocorrência, forma mobilizados 300 operacionais e 80 veículos. Globalmente foram disponibilizados 3.659 operacionais, apoiados por 1.045 veículos com 92 missões de meios aéreos.

A maior parte dos grandes incêndios ocorreram no Porto, Viana, Braga e Vila Real.

“Claramente se percebe a violência com que os incêndios arrancam logo na sua fase inicial”, explicou Rui Esteves.

O comandante nacional alertou que esta semana se mantém o risco de incêndio elevado ou extremo, sendo as regiões do Norte, Centro e Algarve as que mais preocupam.

“Há um aumento da classe de risco de incêndio para níveis muito elevado e máximo nos próximos dias”, adiantou.

Entre 25 e 31 de Julho foram registados 830 incêndios com uma mobilização de 22 mil operações e o apoio de 5.586 veículos e 437 missões aéreas.

Os distritos do Porto, Aveiro e Braga foram os que tiveram mais ignições e os de Vila Real, Aveiro e Santarém foram o que tiveram mais área ardida.

O comandante nacional destacou ainda o nível de seca no território que se situa nos 9,2% de seca extrema, 69,6% em seca severa e 16,5% em seca moderada, reforçando que o elevado índice de escura do combustível e a quantidade deste nas florestas é um dos principais factores que condicionou os últimos grandes incêndios.

“Hoje já ninguém vai à floresta apanhar caruma, pinhas ou recolher material lenhoso para a lareira, acumula-se ano após ano. E é este acumular de combustível que se torna um potencial elevado sempre que o incêndio tem início nesses locais”, disse.

Juntamente com a grande quantidade de combustível nos solos florestais está a pouca humidade do ar, as altas temperaturas e ventos fortes, dando origem a “incêndios violentos e com projecções e eruptivos logo na fase inicial”.

Globalmente, de 1 de Janeiro a 7 de Agosto, registaram-se 9.160 ocorrências de incêndio florestal e ardeu uma área de 138 mil hectares, segundo dados provisórios do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, citados por Rui Esteves.

Desde o início do ano, as autoridades (GNR e PJ) detiveram 77 pessoas, contra as 28 detidas no mesmo período do ano passado.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • fanã
    08 ago, 2017 aveiro 19:37
    Boa noticia para nós "povo Português", má noticia para diversas negociatas que ganham com esta calamidade !
  • olho atento
    08 ago, 2017 venda da porca 16:31
    Se houver ainda alguma coisa para queimar, quando os emigrantes estiverem a regressar de férias, é provável que as fogueiras regressem.
  • Que chatice!
    08 ago, 2017 Lx 15:39
    Os media agora não têm com que se entreter! Continuam com Pedrógão e as fotos da tragédia...

Destaques V+