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Portugal precisa de “200 e muitas” equipas de sapadores florestais

03 ago, 2017 - 12:38

Liga para a Protecção da Natureza defende que haja, pelo menos, uma equipa por município e duas ou três nos maiores.

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O Governo apresentou esta quinta-feira 20 novas equipas de sapadores florestais, mas a Liga para a Protecção da Natureza diz que faltam muitas mais.

A estimativa é de Eugénio Sequeira, para quem o número de equipas a apresentar pelo Governo está muito aquém das reais necessidades do país.

“Pelo menos uma por município, e os municípios grandes deviam ter duas ou três, sobretudo nas zonas florestais. Mais de 200! Duzentas e muitas equipas de sapadores florestais”, pede Eugénio Sequeira.

Assumindo a sua militância socialista, o presidente da Liga para a Protecção da Natureza critica o Governo de António Costa por não ter conseguido avançar com o Banco de Terras, no âmbito da reforma das florestas.

“Vamos falar francamente: isso só funcionará num país como o nosso se o D. Fernando voltar à terra, com a Lei das Sesmarias. Que raio, até temos um Governo de esquerda, eu sou socialista e pergunto: o que é que eles estão lá a fazer”, pergunta Eugénio Sequeira.

O presidente da Liga considera que o Governo apoiado pelos partidos de esquerda não tem funcionado nesta matéria “e o pior é se tem visto é o PCP, o partido que tentou fazer a reforma agrária”.

Ao início da tarde desta quinta-feira, o primeiro-ministro desloca-se a Alvoco das Várzeas, em Oliveira do Hospital, onde também vai entregar 20 viaturas de primeira intervenção para combate a incêndios.

Há 10 anos foi criada em Oliveira do Hospital a primeira Zona de Intervenção Florestal (ZIF) do país.

O ano de 2017 tem sido particularmente duro em termos de incêndios e de área ardida. Segundo dados avançados na terça-feira pela Protecção Civil, já arderam 118 mil hectares, foram registadas 8.551 ocorrências de fogo florestal e detidas 71 pessoas. O incêndio mais trágico foi o de Pedrógão Grande, onde morreram 64 pessoas, segundo dados oficiais.

[notícia corrigida às 14h38 - arderam 118 mil hectares e não 18 mil]

Comentários
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  • Bela
    03 ago, 2017 Coimbra 22:13
    Desde que aconteceram os incêndios é sempre a mesma lengalenga. Os diversos responsáveis, quais carpideiras, lamentam, 'choram', blá, blá, blá... E depois? Na prática pouco ou nada se vê. Convm não esquecer que estamos em ano de eleições autárquicas.Promessas...
  • Ana
    03 ago, 2017 18:26
    Uma matéria muito interessante. Notem contudo que, apesar de continuar muito ligado à Associacão, Eugénio Sequeira não é o actual Presidente da Liga para a Protecção da Natureza.
  • Pois é!
    03 ago, 2017 Pt 16:14
    O que se destrói em 4 anos é impossível de construir em ano e meio! Os destruidores deveriam ser julgados e sentarem-se no banco dos réus. Aliás como sugeriram em 2011 quando enganaram os portugueses para assaltarem o poder e o pote!
  • Francisco de Fátima
    03 ago, 2017 Faro 14:41
    Cada vez mais eu volto a dizer que Angola era uma grande escola e não só Angola como Moçambique, onde nunca existiram incêndios ou queimadas-certamente nem conhecem o termo queimada, mas adiante- das existentes neste País "à long time ago"!!!...Então só agora depois de morrerem 64 cidadãos é que descobriram a pólvora, senhores políticos, grandes sumidade deste País!!!??? E para isso descobriram que são precisas mais de 200 equipas de sapadores!?..Andamos a dormir, ou quê!?...Chego a fartar-me de vcs todos e também já cá trago algumas pedras no sapato com algumas bolhas difíceis de sarar!!!...Tenham mas é tento na bola e mais capacidade executiva , inteligente e justa!!!...Não é preciso passar a VIA LATINA para se fazerem coisas dignas de serem vistas e de que a posteridade se orgulhe!!!...
  • Fernando
    03 ago, 2017 Pombal 14:16
    18 mil hectares? E o resto?

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