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Unidade antiterrorismo investiga roubo de Tancos

01 jul, 2017 - 09:23

Entre o material roubado estão explosivos usados em demolições, mas que já foi identificado em carros-bomba para realizar atentados terroristas.

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A Unidade de Contraterrorismo já está a investigar o roubo de armas na base militar de Tancos, segundo noticia avançada este sábado pelo Diário de Notícias.

Entre o material roubado estão perto de 57 quilos de explosivo plástico, fácil de manusear e extremamente potente. É material normalmente usado em demolições, mas já foi identificado em carros-bomba, em atentados terroristas.

Segundo o mesmo jornal, a unidade antiterrorismo está a trabalhar com a Polícia Judiciária Militar (PJM) que abriu o inquérito.

O major-general Raul Cunha, militar em seis missões internacionais das Forças Armadas, explica ao DN que a pista do terrorismo é a mais credível e que não tem dúvidas que o grau de organização evidencia “um crime por encomenda”.

“Foi pensado ao pormenor, estudado com detalhe e executado por quem sabia o que procurava”, sintetizou.

Também o Jornal de Notícias adianta que Portugal já informou do roubo os seus parceiros da NATO, da Interpol e da Europol.

O mesmo diário garante que PJM e a Unidade de Contraterrorismo da PJ, bem como os serviços secretos, estão em estado de alerta, uma vez que há já neste momento a certeza de que o roubo tem por trás o crime organizado, com eventuais ligações ao terrorismo.

"Não é admissível"

Na sexta-feira, o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, considerou que “não é admissível a falta de videovigilância” junto aos paióis de Tancos, de onde foi roubado material militar.

Em entrevista à SIC, o governante reconheceu que esta “é uma situação grave” e “justifica preocupação”.

“Justifica preocupação, mas, sem menosprezar minimamente a gravidade dos factos, não é a maior quebra de segurança. Há quebras e falhas de segurança muito superiores a esta”, diz. "Nem é preciso evocar os trágicos acontecimentos que têm varrido o continente", acrescenta.

O desaparecimento de material de guerra foi detectado na quarta-feira de tarde, quando foram roubadas granadas de mão ofensivas e munições de calibre 9 milímetros dos Paióis Nacionais de Tancos.

O desaparecimento foi detectado durante uma patrulha de rotina, referiu fonte do Exército.

Comentários
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  • ZÈ TUGA
    02 jul, 2017 Conchinchina 00:20
    Se o país depender desta unidade para detectar e prevenir o terrorismo, podemos ir para a Síria .
  • MILrest
    01 jul, 2017 Lisboa 15:03
    Sr. Ministro: Com todo o respeito, o problema não é da videovigilancia-há 30 anos, sem video, como se fazia? o problema é falta de gente ("torres vazias") e ou mal distribuída, complacência ("estas coisas não acontecem em PT, somos uns tipos porreiros") e verbas mal atribuídas nas organizações envolvidas...será que não há excesso de gastos em áreas "cosméticas" (divulgação, RPs, etc.) e falta de verbas noutras, criticas mas invisiveis? É claro que foi um trabalho profissional e não será de espantar se houver "inside job" Esperemos que tudo se recupere ASAP
  • Toninho Marreco
    01 jul, 2017 Ponte do Lima 14:02
    Ponham a Toninha a ministra da defesa . Vão ver que entra tudo nos eixos ... KKKKKKKKKKKKKKKkkkkkkkkkkkkkkkKKKKKK
  • Pedro
    01 jul, 2017 Portugal 12:39
    Esta unidade da PJ vai agarrar as armas.
  • João pereira
    01 jul, 2017 Lamego 12:04
    Vergonha, só vão acordar quando houver um atentado terrorista, aí vêm pedir desculpa e dizer que foi feito tudo o que havia a fazer, mas afinal não está a ser feito nada, anda tudo a dormir, vamos acordar quando vier o pesadelo... Um dia destes roubam carros de assalto e caças, é uma vergonha...
  • Nuno S
    01 jul, 2017 Silves 12:04
    Se era do conhecimento que não havia sistema de video-vigilancia e a vedação estava danificada, o que fez o comandante da unidade e seus superiores hierárquicos para garantirem ainda assim a segurança do armamento? Ah poix é, merecem mais uma medalha! Só nos resta pedir aos santos que estas armas não venham a ser utilizadas em atentados terrosristas...
  • Manuel Carvalheira
    01 jul, 2017 Castelo Branco 11:12
    Isto é. uma vergonha nacional.E ainda não ouvimos uma palavra do PR e do Costa primeiro ministro.Ambos vão ficar na história pelo incêndio mais mortífero e pelo roubo de armas de uma unidade militar.Jamais visto em todo mundo até em Africa.O PR que como chefe maior das Forças Armadas, não se demarca e fica como o governo e Costa com esta mancha sobre as responsabilidades no caso.Eu como Português fico envergonhado pelo acontecido.Já somos lá fora apelidados de muita coisa,agora mais esta.Não.Não quero o meus Pais enxovalhado por coisa tão terrível.Está em jogo segurança por esse mundo fora.A quantidade de armas e sua diversidade dá para fazer uma actuação mortífera em qualquer parte onde elas venham a parar.Não haver já consequências politicas e criminais demonstra bem em que regime vivemos.
  • joaquim
    01 jul, 2017 Guimarães 10:46
    O roubo de material bélico, dadas as suas características, é de uma gravidade extrema. Portugal deve ficar em alerta máximo. A menos que seja para vender no mercado negro por muito dinheiro, pode-se estar a preparar um atentado em Portugal. Quero estar redondamente enganado, mas as autoridades competentes devem estar sériamente preocupadas e devem iniciar diligências o quanto antes.
  • Victor
    01 jul, 2017 Lx 10:16
    Esta situação é algo de muito extrema gravidade pela quantidade e tipologia do material furtado e de altíssima preocupação com o onde estará ou irá parar, coloca Portugal em muito maus lençóis no contexto internacional além da imagem de desleixo ainda mais se algum deste material vier a ser usado em atentados que provoquem vitimas. Até pode ser usado em Portugal, o Algarve está cheio de turistas estrangeiros de nacionalidades habitualmente alvo de atentados terroristas. Mais uma situação que tem que ter consequências políticas imediatas e criminais após inquérito. E vamos ver o impacto disto na imagem do país quando a imprensa estrangeira se inteirar....

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