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Fenprof nega negociações com o Governo para impedir greve

13 jun, 2017 - 14:46

Professores mantêm greve marcada para 21 de Junho, "se não houver respostas" da tutela.

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O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, reafirmou esta terça-feira em Leiria que se mantém a greve do dia 21 de Junho, data de realização de exames nacionais, e desmentiu que haja negociações com o Governo.

"Até esta hora [13h35] posso afirmar que não há nenhuma negociação em curso, não há nenhuma reunião a decorrer nem marcada", afirmou Mário Nogueira à agência Lusa, refutando assim declarações do ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, à margem de uma cerimónia sobre os 30 anos do Programa Erasmus, em Estrasburgo.

Citado pelo Expresso, o governante disse estar em "diálogo com as organizações sindicais" e "também com outros atores que fazem parte da educação porque o caminho faz-se de diálogo e o diálogo continua".

Mário Nogueira salientou que, "se não houver respostas" da tutela às preocupações dos professores, "será realizada uma grande greve no dia 21 de Junho".

Carreiras, horários, envelhecimento

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) realizou esta terça-feira de manhã, em Leiria, um plenário distrital do Sindicato dos Professores da Região Centro, onde foram discutidos vários problemas, entre os quais o descongelamento da carreira, os horários de trabalho, a necessidade de valorização da profissão de docente e o envelhecimento dos professores.

Mário Nogueira salientou a "participação significativa de docentes" neste encontro e afirmou que os professores "estão determinados, caso não haja resposta para as questões colocadas, a realizar uma grande greve".

Segundo o secretário-geral da Fenprof, existe uma "indignação" por parte da classe, por falta de "reorganização dos horários de trabalho, o que faz com que os professores trabalhem por semana, em média, 46 horas, pois há tempo que não é contabilizado".

Esta situação, disse Mário Nogueira, "provoca um desgaste enorme nos docentes".

Acresce a isso o "envelhecimento enorme da profissão". Segundo o secretário-geral da Fenprof, "não há medidas que permitam uma renovação dos docentes".

A "precariedade" é outra das preocupações evidenciadas, pois "os professores têm muito tempo de serviço e continuam de fora do processo de vinculação do Estado", seja "através do regime geral da função pública ou da própria profissão".

Fenprof admite cancelar greve

Mário Nogueira alertou ainda para a "expectativa" que foi criada no descongelamento das carreiras em 2018, lamentando que se "verifica um incumprimento".

Este responsável admitiu, contudo, desconvocar a greve (como já o fizera na segunda-feira), caso a tutela responda às preocupações dos docentes. "Estamos disponíveis para dialogar. Não estamos a exigir nada de um dia para o outro, mas a exigir o cumprimento de respostas."

O secretário-geral anunciou ainda que os docentes presentes no plenário aprovaram por unanimidade uma moção que será entregue ao Governo no sentido de pedir respostas.

A Fenprof confirmou no dia 6 de Junho uma greve dos docentes para 21 de Junho.

Segundo a Fenprof, a tutela não assumiu compromissos em relação a matérias como o descongelamento de carreiras e o regime especial de aposentação ao fim de 36 anos de serviço, sem penalizações.

Para o dia da greve estão agendadas provas de aferição de Matemática e Estudo do Meio do 2.º ano de escolaridade e exames nacionais do 11.º ano às disciplinas de Física e Química A (uma das provas com maior número de inscritos), Geografia A e História da Cultura e das Artes.

Comentários
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  • Leonardo
    13 jun, 2017 Massamá 17:40
    Porque é que eu tenho que pagar o ordenado a este senhor, não fiz mal a ninguém pf
  • Justo
    13 jun, 2017 Leiria 17:14
    Os Funcionários Públicos, t~em de se convencer do seguinte: NÃO ESTÃO BEM MUDEM-SE PARA O PRIVADO. CHEGA DE GREVES QUE PREJUDICAM OS ALUNOS E TRABALHADORES E O PAÍS! VÃO TRABALHAR A SÉRIO MALANDROS.
  • Justo
    13 jun, 2017 Leiria 17:06
    Um governo Não pode ceder a chantagistas Nem terroristas! Esta jibóia ainda aparece!
  • 13 jun, 2017 palmela 16:10
    Senhor paulino este o problema nao e no menisco e na cabeca!
  • isidoro foito
    13 jun, 2017 elvas 16:09
    este porco devia de ser expulso da função publica nem que seja com reforma compulsiva, está a ganhar um brutal ordenado sem lecionar, nem sabe o que isso é , só a fazer politica á custa dos contribuintes e as associações de pais nem sequer vêm isso ainda alguns estão do lado deste bandido , que nunca fez nada de útil á sociedade

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