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Secretário de Estado volta preocupado com “situação grave” na Venezuela

05 jun, 2017 - 09:54

José Luís Carneiro esteve na Venezuela, onde se encontrou com as autoridades locais. Em entrevista à Renascença, garante apoio financeiro às famílias portuguesas no país e aos portugueses que queiram sair.

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José Luís Carneiro, secretário de Estado das Comunidades, entrevistado na Manhã da RR sobre Venezuela (05/06/2017)

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É “muito grave” a situação que o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas encontrou na Venezuela. José Luís Carneiro esteve no país na semana passada e encontrou-se com as autoridades de Caracas e Valência.

“É muito grave do ponto de vista da escassez alimentar e também do ponto de vista da falta de medicamentos e da exiguidade de recursos de saúde. Os níveis de conflitualidade política têm-se vindo a agravar e, em função deste quadro, encontrei os portugueses muito preocupados”, relata na Manhã da Renascença, esta segunda-feira.

Apesar disso, José Luís Carneiro diz que os portugueses têm “uma vontade férrea de vencer”, até porque “já viveram muitas crises, ao longo das últimas décadas, na Venezuela”.

Muitos portugueses foram agora alvo de assaltos aos seus estabelecimentos comerciais, mas já se encontravam a reabrir as portas. E são estes emigrantes que só deixarão o país em “último recurso”.

Os jovens, por outro lado, já estão a procurar alternativas de vida em outros países, na maioria fronteiriços, mas também mais distantes da Venezuela, como Espanha. Alguns decidem buscar a sorte na ilha da Madeira, refere o secretário de Estado.

Portugal apoia famílias portuguesas na Venezuela

Em entrevista à Renascença, José Luís Carneiro garante que o Governo português está a apoiar as famílias portuguesas com mais necessidade através das 47 associações existentes na Venezuela.

O Estado português pediu a estas associação que identificassem as famílias mais carenciadas – em termos de saúde, alimentação habitacional e outros – e é de acordo com essa avaliação que o Governo envia ajuda financeira, depois traduzida nos bens em necessidade, distribuídos aos agregados familiares identificados.

Este apoio destina-se também à população mais idosa.

Para chegar a mais famílias, nomeadamente às que se encontram em zonas mais periféricas, o Governo decidiu reforçar, no último ano, o número de conselheiros sociais dos postos consulares e ficou decidido, “nesta visita”, que estes conselheiros “vão agora encetar um conjunto de contactos com territórios mais periféricos, na fronteira com outros países, tendo em vista fazer chegar o apoio do Estado português às famílias que, estando mais distantes dos postos consulares, têm mais dificuldades em aceder a [esse] apoio e protecção”.

O secretário de Estado refere ainda que Portugal tem “10 cônsules honorários activos que trabalham directamente com os serviços consulares de Valência e Caracas, que continuam a fazer as permanências consulares nos locais mais recônditos”.

Quanto aos portugueses que queiram deixar a Venezuela, José Luís Carneiro garante que também serão apoiados.

“Aqueles que têm necessidades efectivas relativamente ao seu regresso a Portugal e com provada carência económica, devem deslocar-se ao movimento associativo e também aos serviços consulares, nomeadamente aos responsáveis sociais do movimento consular, por forma a poderem obter o apoio necessário do Estado português, que é para o conjunto das suas vidas. Se no âmbito dessas prioridades estiver a de saída, o Estado não deixará de apoiar”, assegura.

José Luís Carneiro esteve na Venezuela na semana passada, acompanhado pelo secretário do Governo Regional da Madeira, com o objectivo de se inteirar da situação da comunidade portuguesa no país.

“É muito importante manter um canal estreito de comunicação e colaboração com as autoridades venezuelanas, no sentido de que a segurança e o bem-estar da comunidade portuguesa e luso-venezuelana seja o mais possível preservado”, sustentou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, quando anunciou a viagem.

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  • Augusto Saraiva
    07 jun, 2017 Maia 08:37
    Numa altura destas e em pleno século XXI, como é que o mundo, dito civilizado, permite que um homem só infernize a vida de tantos milhões?!... A ONU; O seu Conselho de Segurança; e o Tribunal Internacional de Haia, não deviam já ter autoridade e competência conjunta para prenderem todo e qualquer ditador, estivesse ele onde estivesse?!...
  • Agostinho Couto
    07 jun, 2017 USA 00:15
    SR secretario de Estado ,,estavas tao bem em ,,Baiao que e uma terra linda com ,belissimas paisagens boa comida ,,bom vinho ,,muitas ,fontes de ,agua fresca e pura ,, e acima de tudo ,,boa gente ,,dessas terras ,, e anda este ,,giringonceiro a fazer ,,figuras parvas por esse Mundo fora ,,,,realmente ,,essa boa gente ,,merecia melhor que isto hhhaa tacho a quanto ,,obrigas .........
  • otário cá da quinta
    05 jun, 2017 coimbra 15:35
    SESSENTA ANOS FOI O TEMPO QUE OS FILIPES AQUI ESTIVERAM. PRESENTEMENTE SOMOS GOVERNADOS POR GENTE QUE DE PORTUGUESES NADA TÊM. DE QUE ESTAMOS À ESPERA ?
  • mendes
    05 jun, 2017 braga 13:49
    claro que eu so sei o que li --mas pelo que li ele nao foi la para proteger os portugueses nem para se inteirar da realidade o que foi la fazer foi dar um apoio ao ditador seguro-mas um governo portugues apoiado pelo pcp e be nao pode fazer outra coisa lembram se que este seguro era amigo do socrates que ate veio ca comprar lhe os pc magalhaes prepara-te portugal para a ditadura caminhas o povo do centro esta a dormir e o de esquerda aproveita vejam em lisboa constroi se mesquitas em vez de ajudar os sem abrigo se fosse um presidente do centro ou da direita a esquerda ja tinha deitado o carmo e a trindade abaixo mas e de esquerda ja esta tudo bem acorda portugal entao o costa diz aos imigrantes para regressarem e estao com medo que os da venezuela regressem alguem entende estes aldraboes de esquerda
  • Eu mesmo
    05 jun, 2017 Viseu 12:47
    Esse é mesmo míope, como a maior parte dos governantes deste país. Há tanto tempo que se sabe que a situação la na Venezuela é extremamente grave e este feodal só agora é que vem fazer esta declaração ?! Foi preciso ir lá pessoalmente, gozar de nossos impostos à fazer mais uma viagem, instalar-se em um hotel de luxo, comer à grande e à francesa, para "inteirar-se" da situação ?! É por isso que esta malta deste nosso governo centralizado em Lisboa não tem a mínima competência para governar Portugal, pois decidem à nível nacional sem portanto inteirarem-se da realidade das situações que muitos de nossos compatriotas vivem no interior de nosso próprio país. É mais um burguês à lançar teorias sobre aquilo que todos já sabem há mais tempo que ele.
  • VIVA O XUXALISMO
    05 jun, 2017 Lx 10:18
    Sr. Secretário de estado, é melhor enviar os kamaradas Jerónimo e Katrina Martins para esse paraíso mas apenas com viagem de ida e que fiquem lá por muito tempo pois vão adorar a experiência do socialismo vibrante, democrático que por essas bandas se vive lá...

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