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​Violência policial? “Há situações pontuais”, admite sindicato

22 fev, 2017 - 13:07

Associação Sindical dos Profissionais de Polícia diz que tipo de criminalidade mudou em Portugal nos últimos anos e que os criminosos estão mais aptos para enfrentar as autoridades.

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A Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP) garante que não há violência policial generalizada. Em declarações à Renascença, o presidente da ASPP, Paulo Rodrigues, contraria o relatório da Amnistia Internacional que aponta para o abuso da força por parte da polícia.

“Assumimos que há situações pontuais e não a ideia de que a polícia tem uma postura de agressão. Não é verdade”, garante Paulo Rodrigues.

Paulo Rodrigues lembra que é preciso “fazer um paralelismo com aquilo que é a realidade actual da segurança em Portugal”.

“Se fossemos comparar com há 10 ou 15 anos se calhar percebíamos que a polícia tem de ter uma postura perante aquilo que é a criminalidade e o tipo de crime. Hoje temos uma criminalidade mais violenta, mais preparada e mais organizada para lidar e até enfrentar a polícia”, explica, acrescentando que, perante essa realidade, “a polícia também tem que, infelizmente, mais vezes utilizar a força física”.

O presidente da ASPP considera ainda que a Amnistia Internacional tem de ajustar a sua avaliação à realidade.

“É lamentável é que o relatório da Amnistia Internacional venha sempre transmitir o mesmo, independentemente de ser agora ou há 10/15 anos. As coisas efectivamente mudaram e a população em Portugal tem a noção que as coisas mudaram, o que não mudou foi o relatório. Era necessário que todos aqueles elementos que fazem parte da Amnistia e que produzem o relatório fizessem uma avaliação, de acordo com a realidade”, remata.

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