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Forças Armadas mandam regressar militar português que dançou com guerrilheira das FARC

05 jan, 2017 - 15:51

Acontecimentos na Colômbia, no âmbito da missão das Nações Unidas, causaram polémica no país e críticas das Nações Unidas.

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O Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMFGA) determinou, esta quinta-feira, o regresso a Portugal do militar criticado pela ONU por ter dançado com uma guerrilheira das Forças Armadas Revolucionárias Colombianas (FARC).

“O Estado Maior General das Forças Armadas confirma esse regresso do militar português, na sequência dos acontecimentos na Colômbia. Como sabemos, está uma força portuguesa, no âmbito das Nações Unidas, naquele território, para vigiar o processo de paz. Naturalmente, o incidente afectou as condições de continuidade da missão deste militar português aí destacado. Como tal, o sr. general CEMGFA determinou o fim da comissão do militar e o seu regresso”, disse à Renascença o porta-voz do CEMGFA, tenente coronel Hélder Perdigão, sem comentar o caso em si.

O episódio, ocorrido na noite de passagem de ano, envolveu dois militares da missão internacional, um português e outro paraguaio, filmados a dançar com uma guerrilheira das FARC. O assunto foi noticiado pela imprensa colombiana e alvo de críticas das Nações Unidas.

O chefe da missão das Nações Unidas em Bogotá emitiu um comunicado de condenação, no qual refere que o comportamento dos militares "não reflecte os valores de profissionalismo e de imparcialidade da missão das Nações Unidas" e acrescenta que a missão da ONU na Colômbia iria "tomar as medidas adequadas".

Seis militares portugueses integram desde 16 de Novembro a missão de observadores das Nações Unidas destinada a monitorizar o acordo de cessar-fogo e o fim das hostilidades naquele país.

De acordo com um comunicado do Governo, emitido a 16 de Novembro, os seis militares – um do Exército, três da Força Aérea, e dois da Marinha –, "com uma missão inicial de um ano, terão como tarefas principais a verificação e monitorização do acordo de cessar-fogo e o fim das hostilidades na Colômbia, que se estenderam por mais de cinco décadas”.

A missão das Nações Unidas na Colômbia será composta por cerca de 450 observadores internacionais não-armados e será composta por quatro elementos: observação, coordenação e apoio, apoio no terreno e segurança.

Esta missão, estabelecida em 2016 após solicitação do Governo da Colômbia, servirá como componente internacional e coordenadora do mecanismo tripartido - Governo da Colômbia, Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e ONU - de monitorização e verificação do acordo de cessar-fogo, indica a nota do executivo.

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  • Dr. Xico
    05 jan, 2017 Lisboa 16:06
    O país espera também o REGRESSO DOS NOSSOS MILITARES NO IRAQUE AINDA HOJE. uma vez que o estado Iraquiano não respondeu afirmativamente ao assunto das agressões ao Jovem de Ponte Sor. TEMOS DE SER FIRMES E MOSTAR QUE SOMOS UM PAIS SOBERANO E DEMOCRÁTICO

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