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Costa diz que cada caso nos contratos de associação será analisado

22 mai, 2016 - 15:00

Marcelo Rebelo de Sousa foi aplaudido pelos manifestantes em Coimbra. Aos jornalistas salientou que “é preciso ir mantendo paciência e espírito democrático”, considerando que “tudo demora o seu tempo”.

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Uma representante do movimento “Defesa da Escola Ponto” foi recebida este domingo, em Coimbra, pelo primeiro-ministro, afirmando que António Costa disse que “cada caso de cada escola seria analisado”.

Depois de ter assistido à cerimónia de atribuição do título de doutor “honoris causa” a António Guterres, o primeiro-ministro recebeu a representante do movimento “Defesa da Escola Ponto” Sandra Strecht, que lhe entregou um manifesto das escolas do ensino privado.

“Obviamente que nós e o Governo temos interpretações diferentes relativamente aos contratos assinados pelo Estado. O senhor primeiro-ministro está neste momento a dizer que existem opções relativamente ao 7º ano de contratos simples ou outras situações”, disse aos jornalistas Sandra Strecht.

O que foi acordado com António Costa “é que cada caso de cada escola seria analisado”, acrescentou.

Segundo a representante do movimento, que promoveu uma manifestação à chegada e saída do primeiro-ministro à Universidade de Coimbra (UC), as escolas particulares sentem “muitas injustiças” e que cada instituição “irá demonstrar a sua situação e a sua realidade à secretária de Estado”.

Durante o encontro com António Costa, Sandra Strecht disse ter demonstrado “a indignação" das escolas e alertou para uma "situação muito complicada a nível social”, face a “despedimentos de professores e de funcionários e deslocalização de escolas”.

A representante saiu do encontro “com vontade de lutar até ao fim”, referindo que, durante a conversa que teve com o primeiro-ministro, este sublinhou que o Governo tem “uma interpretação diferente” dos contratos de associação face ao anterior executivo e que a prioridade passa pela escola pública.

“Vamos utilizar todos os meios necessários” para continuar a luta, frisou Sandra Strecht.

Os cerca de 300 manifestantes que protestavam em defesa do financiamento público de escolas privadas tiveram ainda esperança de que o Presidente da República, no final da cerimónia que decorreu na Universidade de Coimbra, falasse com eles.

Pais, alunos e professores gritaram repetidamente “Marcelo”, assim que o carro do Presidente da República saiu da Universidade, mas este não parou junto da manifestação.

Em declarações aos jornalistas, no final da cerimónia da UC, Marcelo Rebelo de Sousa salientou que “é preciso ir mantendo paciência e espírito democrático”, considerando que “tudo demora o seu tempo”.

No final da cerimónia de atribuição do título de doutor “honoris causa” ao ex-alto-comissário das Nações Unidas para os refugiados (ACNUR), António Guterres, o agraciado realçou “a prioridade absoluta que o país tem de dar à educação”, escusando-se a “entrar em polémicas sobre questões de detalhe”.

Comentários
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  • José
    23 mai, 2016 Braga 17:13
    É preciso ter lata,...”as escolas particulares sentem “muitas injustiças”... A cegueira do egoísmo que não vos turbe o pensamento ...Como sempre, o caldo fica entornado quando se fala em questões financeiras e perda de regalias e mordomias de alguns.... Pelos vistos, as expectativas defraudadas e os direitos adquiridos são só para alguns...O velho dilema do sociedade em geral...O Estado tem obrigação de disponibilizar uma rede de escolas publicas aos alunos, e não duplicação de ofertas.... Então, eu sugiro, que falem de injustiça a um doente que está sentado horas, num hospital publico a espera de uma consulta...Ou a um cidadão, que vive numa zona rural, onde fecharam o centro de saúde,o posto de correios ou o tribunal...As pessoas, que viram as suas poupanças de uma vida de trabalho árduo, serem arrastadas por um furacão de contornos apocalípticos e de difícil descodificação... Aos 25 mil professores que foram despedidos, ou dos 11mil professores dos Centros de Novas Oportunidades, fora o pessoal administrativo, que também foram despedidos. Dos reformados que firam as suas pensões reduzidas, nos cortes dos salários funcionários públicos, dos cortes nas pensões sociais, nos cortes nos subsídios de desemprego,bem como nas expectativas daqueles que tiraram um curso superior e viram-se forçados a abandonar o seu País. Ou dos pais, que têm os filhos nos colégios Privados "não financiados" e pagam avultadas mensalidades, e que não estão a reivindicar ajudas...Haja paciência...
  • Rodrigues
    22 mai, 2016 Nazaré 17:27
    Vamos em frente Costa e acabemos com esta pseudo-iniciativa privada bancada pelo Estado.

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