11 mai, 2016 - 09:02
A plataforma espanhola de transporte privado Cabify apresenta-se, esta quarta-feira, em Lisboa, onde passará a operar.
A Cabify está presente em cidades de Espanha, México, Colômbia, Chile e Peru e chega a Portugal quase duas semanas depois de uma manifestação de taxistas contra outro serviço concorrente, a plataforma Uber.
O presidente da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), uma das associações que representa os taxistas, afirma que é mais uma empresa ilegal e mais um caso para levar aos tribunais.
“Com a Cabify, vamos fazer tal e qual o que fazemos com a Uber”, garante Florêncio Almeida, em declarações à Renascença.
O presidente da Federação Portuguesa do Táxi (FPT), Carlos Ramos, diz, por seu lado, que apenas aceitará a espanhola Cabify em Portugal se se limitar a distribuir serviços a taxistas e a funcionar com viaturas descaracterizadas autorizadas.
Se a Cabify entrar no mercado português para trabalhar com táxis e com viaturas descaracterizadas autorizadas – assinaladas como de Turismo (com a inscrição T) e de aluguer sem distintivo (A) – Carlos Ramos não vê "grandes problemas para o sector". Subsistem, contudo, dúvidas: "Creio que não será bem assim.”
O secretário de Estado do Ambiente, José Mendes, já fez saber que a operadora espanhola não tem cobertura legal para abrir actividade em Portugal.
Tal como a Uber, a Cabify é uma plataforma de transporte de passageiros acessível a partir de uma aplicação informática. À Renascença, a Uber considera que “a existência de concorrência e de alternativas” é um factor "muito positivo para os consumidores e para as cidades portuguesas”.