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​Politização da morte é “bastante absurdo”

06 fev, 2016 - 14:31

Neurologista Alexandre Castro Caldas considera que debate sobre “morte assistida” não pode ser político nem religioso.

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O debate sobre a eutanásia ou sobre “morte assistida” não pode ser político e também não é religioso, defende o neurologista Alexandre Castro Caldas, director do Instituto de Ciências da Saúde (ICS) da Universidade Católica Portuguesa.

Em declarações à Renascença, Castro Caldas diz que todos os assuntos devem ser discutidos, mas é preciso ponderar a oportunidade e a forma da discussão.

“Sinto um certo sentido de politização deste tema, que me parece bastante absurdo. Este é um tema que tem a ver com a vida humana que não tem nada de político e não tem de haver partidos a uns dizer que sim outros a dizer que não por razões políticas”, afirma o neurologista.

Para Alexandre Castro Caldas, o grande problema é o que é colocado pela Associação Americana de Medicina: deve-se ou não ensinar os profissionais de saúde a ajudar as pessoas a terminar com a vida? “Isso não é tradição da profissão dos médicos ou dos enfermeiros, a tradição é dar o maior bem-estar às pessoas e a melhor qualidade de vida às pessoas”, responde este especialista para quem a questão da vida não é política, nem religiosa.

“Por mais que os cientistas queiram andar a dizer o que é a vida, nós não temos nenhuma pista segura do que é a vida, como é que começa e como é que se prolonga e o que é que fez com que houve vida na terra. Isto também não tem nada a ver com a religião, tem a ver com aspectos bioquímicos e da biologia básica”, afirma o directo do ICS da Católica.

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  • rosinda
    07 fev, 2016 palmela 14:53
    Um dia no voce na tv isabel moreira precia uma tresloucada a defender os direito a pratica da ivg ! O goucha assina por baixo nao me parece justo!
  • rosinda
    07 fev, 2016 palmela 14:39
    Sou contra a ivg so em casos de ma formacao do feto nao temos o direito de matar a vida! Assim como nao temos o direito de praticar eutanasia porque da ca aquela palha ou porque isabel moreira ou manuel luis goucha e outros querem!
  • rosinda
    07 fev, 2016 palmela 14:18
    Os mesmos que politizaram a vida ja estao a politizar a morte! Deviam ter comecado pela morte chegaram atrazados.
  • João Lopes
    07 fev, 2016 Viseu 12:15
    Escreveu João Paulo II: «Reivindicar o direito ao aborto, ao infanticídio, à eutanásia, e reconhecê-lo legalmente, equivale a atribuir à liberdade humana um significado perverso e iníquo: o significado de um poder absoluto sobre os outros e contra os outros. Mas isto é a morte da verdadeira liberdade». Legalizar a Eutanásia, significa legalizar o suicídio assistido. E quando a vida não é respeitada/defendida/protegida, em todas as circunstâncias, em especial nos momentos de maior dependência e fragilidade, é possível encontrar justificações para tudo, porque a vida humana já deixou de ter sentido…
  • rosinda
    06 fev, 2016 palmela 21:30
    tambem nao defendo a politizaçao da morte mas infelizmente houve quem defende-se a politizaçao da vida!

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