11 jan, 2025 - 10:00 • André Rodrigues
Donald Trump “parece-se com um clone de Putin e isso assusta”, alerta na Renascença o presidente da Associação Comercial do Porto.
Em causa estão as recentes declarações do Presidente eleito dos Estados Unidos sobre a possibilidade do uso de força militar para assumir o controlo da Gronelândia, do Canal do Panamá e para anexar o Canadá como 51.º estado norte-americano.
“É um cartão de visita de uma imprevisibilidade desconcertante e vai ser preciso ter muito sangue frio, principalmente nas relações com os Estados Unidos, porque Trump prepara-se para quatro anos de grandes atropelos à ordem mundial”, antecipa.
Exemplo disso, é a questão da Gronelândia que, não sendo formalmente um território da União Europeia, encontra-se debaixo da soberania da Dinamarca que é membro da União Europeia e da NATO.
Questionado sobre a aparente contradição do Presidente eleito dos Estados Unidos não excluir o uso da força para assumir o controlo de um território tutelado por um membro da Aliança Atlântica, Botelho acrescenta a ideia de uma hipotética anexação do Canadá, “onde o Chefe de Estado é o Rei de Inglaterra”.
Para o empresário e jurista, "tudo isto tem tudo a ver com uma lógica empresarial do mundo, com o domínio das rotas comerciais, como é o caso do Canal do Panamá, por onde passam 6% do comércio mundial, que, na ótica de Trump, estará a ser entregue à China”.
Eça no Panteão Nacional. “Independentemente de a decisão ter sido mais ou menos pacífica, se uma figura histórica como Eça de Queirós - que é um dos mais brilhantes cronistas e novelistas da nossa literatura - não cabe no Panteão Nacional, então eu acho que é o próprio conceito de Panteão que deveria ser revisto. O Presidente da República esteve muito bem, lembrando que não existe uma maneira certa de comemorar Eça. Mas dentro dessa imperfeição, compete ao Estado prestar a justa homenagem àqueles que elevaram o nome e a cultura do nosso país”.
Marcelo por todo o lado. "A presença do Presidente da República deve ser algo que dignifique o próprio cargo. E tivemos a presença do Presidente da República no funeral do do bombeiro Diniz Conceição, que na semana passada faleceu em Odemira. Não se percebe bem a que título é que o Presidente vai ao funeral desse bombeiro. Marcelo tem-se desdobrado em presenças mais ou menos irrelevantes e desnecessárias, sem um critério consistente que se perceba. Devemos todos ter a noção de que a presença do mais alto dignitário do Estado deve justificar-se só em situações muito, muito relevantes.