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eleições legislativas da Alemanha

Olaf Scholz considera "erráticas" declarações de Elon Musk sobre política alemã

04 jan, 2025 - 15:13 • Lusa

Em causa estão declarações de Elon Musk que, em diferentes momentos, apelidou Olaf Scholz de "louco" e de "imbecil e incompetente".

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O chanceler alemão, Olaf Scholz, classificou, numa entrevista publicada este sábado, de "erráticas" as declarações do empresário norte-americano Elon Musk a propósito das eleições legislativas da Alemanha e o seu apoio ao partido de extrema-direita AfD.

"Na Alemanha tudo acontece de acordo com a vontade dos cidadãos e não de acordo com as declarações erráticas de um multimilionário norte-americano", afirmou Olaf Scholz, numa entrevista publicada na revista alemã Stern, segundo noticia a agência AFP.

Em causa estão declarações de Elon Musk que, em diferentes momentos, apelidou Olaf Scholz de "louco" e de "imbecil e incompetente", tendo atacado também o presidente alemão, Frank- Walter Steinmeier, chamando-o de "tirano".

"O presidente alemão não é um tirano antidemocrático e a Alemanha é uma democracia forte e estável - não importa o que o Sr. Musk diga", sublinhou o chanceler social-democrata.

Este posicionamento de Elon Musk surge numa altura em que falta pouco mais de um mês para as eleições legislativas alemãs antecipadas, marcadas para o final de fevereiro.

O Governo alemão já tinha acusado na segunda-feira o empresário norte-americano de tentar influenciar as eleições legislativas, com o seu apoio a um partido de extrema-direita.

Há uma semana, o jornal Welt publicou um artigo em que Musk defende que a Alternativa para a Alemanha (AfD) é "o último vislumbre de esperança" para a Alemanha.

O homem mais rico do mundo reafirmou uma posição já expressa em 20 de dezembro numa mensagem na sua rede social X que criou mal-estar no país em plena campanha eleitoral.

A AfD é creditada com uma média de 19% das intenções de voto nas sondagens, ficando em segundo lugar atrás da oposição conservadora, na liderança com 32%.

O embaraço na Alemanha é proporcional à crescente influência que o multibilionário parece ter no futuro mandato do Presidente eleito norte-americano, Donal Trump, na qual assumirá a chefia do Departamento de Eficiência Governamental.

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