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​Polónia ampliará "Escudo Oriental" até à fonteira com Ucrânia

30 nov, 2024 - 11:52

O anúncio foi feito durante uma visita de Tusk à região nordeste do país, perto da fronteira com o enclave russo de Kaliningrado, onde já foi lançada a primeira parte do projeto "Escudo Oriental".

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A Polónia vai alargar o seu projeto de "Escudo Oriental", destinado a garantir a segurança face à Rússia e Bielorrússia, até à fronteira com a Ucrânia, anunciou o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, citado pela agência PAP.

O anúncio foi feito durante uma visita de Tusk à região nordeste do país, perto da fronteira com o enclave russo de Kaliningrado, onde já foi lançada a primeira parte do projeto "Escudo Oriental".

Em meados de outubro, Tusk anunciara o lançamento do projeto destinado a garantir a segurança das fronteiras com a Rússia e Bielorrússia, que prevê o reforço da segurança fronteiriça com "várias infraestruturas, como ouriços de betão e valas antitanque", aproveitando igualmente "elementos do ambiente natural", acrescenta a agência de notícia polaca PAP.

Inicialmente previsto para os mais de 800 quilómetros de fronteira partilhada com a Rússia e a Bielorrússia, o chefe do executivo polaco anunciou que pretende alargar o projeto aos cerca de 430 quilómetros de fronteira com a Ucrânia, passando o país a blindar totalmente o seu flanco oriental.

"As nossas atividades também dizem respeito à segurança da fronteira com a Ucrânia, por outras razões, mas queremos que os polacos se sintam mais seguros ao longo de toda a fronteira oriental", afirmou Donald Tusk, a partir de Dabrowka, no extremo nordeste do país.

"Quanto mais bem guardada estiver a fronteira polaca, menos acessível será para aqueles que têm más intenções. Tudo o que estamos a fazer aqui, e que faremos também na fronteira com a Bielorrússia e Ucrânia, tem como objetivo dissuadir e desencorajar um potencial agressor, pelo que se trata de um investimento na paz", frisou.

Reconhecendo que o projeto vai custar "milhares de milhões de zlotys" aos cofres públicos, o governante mostrou-se convicto de que "toda a Europa está a assistir com grande satisfação e vai apoiar estes investimentos", numa alusão, particular, à cooperação dos países bálticos.

O "Escudo Oriental" é um investimento de segurança de vários milhões de dólares destinado à construção de fortificações e barreiras fronteiriças, aquisição de drones e equipamento de defesa, incluindo um reforço do pessoal militar nas fronteiras com a Rússia e a Bielorrússia, alargando-se agora à Ucrânia.

A Polónia tem denunciado repetidamente a Bielorrússia desde 2021 por utilizar a crise dos refugiados na fronteira, pressionando este país no que respeita às retaliação às sanções da UE contra o governo de Alexander Lukashenko após a controversa reeleição deste nas eleições de 2020.

Coincidindo com a invasão russa da Ucrânia, a situação agravou-se, com a Polónia a insistir nas queixas contra a Bielorrússia por tentar desestabilizar os parceiros de Kiev.

Para a União Europeia, o projeto do governo polaco não pode contradizer o respeito pelas normas internacionais, incluindo as leis de asilo da UE.

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  • Linha Maginot II
    30 nov, 2024 Europa 19:27
    Está visto que a Polónia não acredita numa defesa vitoriosa da Ucrânia, e já prevê esta ocupada, e hordas russas a morderem a fronteira com a Polónia. Mais vale prevenir que remediar, mas neste momento a linha da frente é na Ucrânia e a Polónia faria melhor em enviar para a Ucrânia tudo o que pudesse alimentar a defesa contra a Rússia, em vez de muros defensivos que serão inuteis em 430 Km quando a Ucrânia vitoriosa entrar na NATO.

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