14 nov, 2024 - 00:11 • Marisa Gonçalves
Começou a trabalhar no terreno, esta terça-feira, a força conjunta de proteção civil e forças armadas que seguiu de Portugal para ajudar nas operações que decorrem em Valência, Espanha, após as cheias que provocaram mais de 200 mortos e prejuízos no valor de muitos milhões.
Em declarações à Renascença, o comandante José Ribeiro explicou em que consistiram as primeiras intervenções.
“Realizámos, essencialmente, ações para a desobstrução de sistemas de escoamento e sistemas de saneamento que estavam muito obstruídos em diversos pontos da via pública. Também fizemos a remoção detritos de várias dimensões, com o apoio de maquinaria e a sua colocação em determinados locais para serem recolhidos e encaminhados para tratamento”, adiantou.
O comandante José Ribeiro revelou ainda que encontrou um cenário de “grande destruição”.
Pelo menos 81 municípios do sul de Espanha estão a(...)
“Há vastas áreas afetadas em termos daquilo que são as infraestruturas e daquilo que é o património, nomeadamente veículos e outros bens. É um cenário de grande impacto”, disse.
No meio da devastação, o comandante José Ribeiro afirmou que também encontrou, entre a população, força de vontade para “seguir em frente”, e recuperar dos efeitos da tempestade.
“Naturalmente que este é um fenómeno que tem um impacto tremendo naquilo que é a vida das pessoas, não só pela questão das vítimas mortais. Mas, também encontramos aquela vontade que as pessoas têm em continuar a sua vida e continuar, dentro do possível, aquilo que é a sua normalidade e as suas rotinas”, referiu.
A equipa portuguesa conta com 101 operacionais e está apoiada por 40 veículos. Vai permanecer em Valência por um período de sete dias.