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Web Summit 2024

"Os maus estão a ganhar". 70% da população mundial não vive em liberdade

12 nov, 2024 - 17:54 • Cristina Nascimento

Números são citados por Leopoldo López, principal opositor do regime venezuelano, que esteve na Web Summit numa conferência ao lado da viúva de Navalny, opositor de Vladimir Putin.

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É um número que impressiona. Leopoldo López, opositor de Nicolas Maduro, na Venezuela, na primeira intervenção no Palco Central da Web Summit Lisboa começou por dizer que estamos a viver, a nível mundial, uma “era negra da democracia”.

Leopoldo López assegura que há cada vez menos pessoas a viverem em liberdade.

“Há 10 anos, menos de 40% da população mundial vivia sob regimes autocratas, hoje são mais de 70%”, avança, especificando que esta percentagem cifra-se em “5, 7 mil milhões de pessoas no mundo” que, “hoje, não têm os mesmos direitos que têm a maioria das pessoas nesta sala”.

Porque López fala na Web Summit há uma palavra a dizer sobre tecnologia. O opositor ao regime de Maduro diz que “a autocracia está a ganhar terreno, os maus estão a ganhar e a tecnologia está a ter um papel muito importante”.

“A tecnologia é uma ferramenta para os autocratas controlarem as pessoas”, sintetiza.

“Putin não é um político, é um chefe da máfia"

Ao lado de Leopoldo López estava Yulia Navalnaya, viúva de Navalny, opositor de Vladimir Putin que morreu, no início de 2024, numa cadeia russa.

Navalnaya por várias vezes pediu ajuda aos criadores que a ouviam para ajudarem no combate a um regime liderado por Putin, um homem que “não pode ser chamado de Presidente”.

“Ele não é um político, ele é um chefe da máfia que criou um regime de crime na Rússia, começou uma guerra com o país vizinho, que envenena e mata os seus opositores políticos”, desfia.

Yulia assegura que ama o seu país natal e quer voltar a viver na Rússia e admitiu “ter ambições políticas”.

Em outubro passado, em entrevista à BBC, revelou a ideia de ser candidata à presidência russa.

Questionada sobre se não teme pela sua segurança, Yulia responde que não pensa muito sobre o assunto.

“Quero que o meu país se torne um sítio de paz e de democracia”, disse, acrescentando que, “apesar do que aconteceu ao meu marido, à minha família, não tenho medo”, conclui.

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