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Moçambique

Protestos em Maputo deixam 57 pessoas feridas por arma de fogo

08 nov, 2024 - 09:31

Balanço é do Hospital de Maputo, e surge depois de uma semana de incidentes entre polícia e manifestantes, que contestam os resultados das eleições presidenciais.

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As Forças Armadas de Defesa de Moçambique estão no terreno em "apoio" às forças de segurança, "sempre atuando de forma subsidiária e em coordenação com as autoridades civis", disse o general Omar Saranga, em representação das Forças Armadas de Defesa de Moçambique.

O também Chefe do Estado-Maior do Comando no Teatro Operacional Norte adiantou que o estado geral da nação "é estável" e está controlado, ainda que as instituições públicas não estejam a funcionar na sua maior força, por falta de condições de segurança.

Na quinta-feira, a polícia travou manifestações dos apoiantes de Venâncio Mondlane com tiros para o ar e lançamento de gás lacrimogéneo, tendo como resposta o arremesso de pedras e garrafas.

Na manhã desta sexta-feira, o Hospital Central de Maputo fez o balanço de ocorrências nas urgências. Da centena de feridos que ali deu entrada desde segunda-feira, 66 sofreram esses ferimentos decorrentes dos protestos e "57 tinham ferimentos provocados por arma de fogo", como explicou Dino Lopes, o diretor do Serviço de Urgência de Adulto no Hospital Central de Maputo.

Venâncio Mondlane, o candidato derrotado nas presidenciais que tem orquestrado os protestos, garante que os mesmos vão continuar até ser reposta "a verdade eleitoral". E através das redes sociais, assegura que a cidade de Maputo ficará ocupada pelos manifestantes.

"As manifestações não vão parar. Vamos parar Maputo até se devolver a vontade o povo., caso contrario, a cidade de Maputo vai ficar ocupada por tempo indefinido", garantiu.

Pelo menos 16 pessoas morreram em Moçambique, nas últimas duas semanas, vítimas da violência policial.

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