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Xi Jinping felicita Trump e apela a reconciliação entre os dois países

07 nov, 2024 - 08:21 • Lusa

Donald Trump e a rival democrata Kamala Harris prometeram durante a campanha conter a ascensão da China.

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O Presidente chinês, Xi Jinping, felicitou esta sexta-feira Donald Trump pela vitória nas eleições presidenciais norte-americanas, apelando aos dois países para que "se entendam", após anos de tensões bilaterais, informou a imprensa oficial.

"A história demonstra que a China e os Estados Unidos beneficiam com a cooperação e perdem com a confrontação", disse Xi Jinping ao presidente eleito dos Estados Unidos, de acordo com a televisão estatal chinesa CCTV.

"Uma relação sino-americana estável, saudável e duradoura está em conformidade com os interesses comuns dos dois países e com as expectativas da comunidade internacional", sublinhou Xi.

Estes foram os primeiros comentários do Presidente chinês desde a vitória do candidato republicano.

Donald Trump e a rival democrata Kamala Harris prometeram durante a campanha conter a ascensão da China.

O magnata republicano prometeu impor taxas de 60% sobre todos os produtos chineses que entram nos Estados Unidos.

Xi Jinping disse a Trump esperar que os dois países "defendam os princípios do respeito mútuo, da coexistência pacífica e da cooperação vantajosa para todos", segundo a CCTV.

Washington e Pequim devem "reforçar o diálogo e a comunicação, gerir adequadamente as suas diferenças, desenvolver uma cooperação mutuamente benéfica e encontrar forma correta de a China e os Estados Unidos se entenderem nesta nova Era, para benefício de ambos os países e do mundo", acrescentou.

Xi Jinping e Donald Trump já se encontraram quatro vezes e o presidente eleito dos EUA gabou-se recentemente da sua "relação muito forte" com o líder chinês.

Mas a vitória de Donald Trump abre um período de incerteza para as relações económicas sino-americanas, que foram fortemente abaladas durante o primeiro mandato do presidente eleito (2017-2021), quando este desencadeou uma guerra comercial e tecnológica contra Pequim.

A China já está a braços com uma recuperação pós-Covid difícil, sobrecarregada por fracos níveis de consumo interno e uma grave crise imobiliária, com muitos promotores endividados e preços a cair a pique nos últimos anos.

Os principais líderes da Assembleia Popular Nacional, o órgão máximo legislativo da China, estão reunidos esta semana em Pequim, para elaborar um plano de relançamento económico.

Muitos analistas acreditam que a vitória de Donald Trump poderá levar os dirigentes chineses a reforçar este programa de medidas, nomeadamente para compensar as futuras taxas aduaneiras prometidas pelo republicano.

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