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Irão

Jovem iraniana detida após despir-se numa universidade em Teerão como protesto

05 nov, 2024 - 13:56 • Redação com Reuters

Em 2022, eclodiram protestos em todo o Irão contra o código de vestuário, na sequência da morte de Mahsa Amini, uma mulher de 22 anos que morreu sob a custódia da polícia.

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Uma jovem iraniana tirou a roupa numa universidade em Teerão, no sábado, num aparente protesto contra o rigoroso código de vestimenta islâmico do país, de acordo com os vídeos online e relatos dos media.

Um vídeo publicado nas redes sociais mostrou seguranças na Universidade Islâmica Azad, a deter a mulher, já identificada como Ahoo Daryaei nas redes sociais, embora ainda não seja possível confirmar a sua identidade.

O porta-voz da universidade, Amir Mahjob, disse no X que "na delegacia de polícia, foi descoberto que ela estava sob forte pressão mental e tinha um transtorno mental".

No entanto, alguns utilizadores sugeriram que a ação da mulher foi um protesto deliberado.

"Para a maioria das mulheres, estar de roupa íntima em público é um dos seus piores pesadelos. Esta é uma reação à insistência estúpida (das autoridades) no hijab obrigatório", disse Lei La, uma utilizadora da rede social X.

Fatemeh Mohajerani, porta-voz do governo, referiu já esta terça-feira, na primeira reação oficial ao evento, que a jovem não representa um problema de segurança, mas é um "indivíduo problemático" que está a receber tratamento.

A iraniana foi transferida de uma delegacia da polícia para um centro de tratamento, mas não se conhece qual o tratamento que vai receber.

"Ainda é muito cedo para falar sobre o retorno desta aluna à universidade. De acordo com um vídeo publicado pelo marido, ela precisa de tratamento e isso precisa ser concluído antes de dar os próximos passos", acrescentou Mohajerani no website do governo.

Um número crescente de mulheres iranianas tem desafiado as autoridades ao descartar os seus véus após protestos nacionais que se seguiram à morte, em setembro de 2022, de uma jovem curda iraniana, Mahsa Amini.

A mulher morreu sob custódia da polícia da moralidade por supostamente violar as regras do hijab. As forças de segurança reprimiram violentamente a revolta.

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