03 nov, 2024 - 20:30 • Fábio Monteiro
O ataque a Pedro Sánchez este domingo, em Paiporta, uma das localidades mais afetadas pela depressão que atingiu a região de Valência esta semana, foi reivindicado pela organização de extrema-direita Revuelta.
A notícia é avançada pelo jornal “ElDiário”.
Além de insultado e vaiado, o presidente do Governo espanhol foi hoje agredido. O veículo em circulava foi também atacado e ficou danificado.
Num grupo do Whastapp “Alt Right Espanã”, Adrián Campos, “voluntário" da delegação valenciana do Revuelta, partilhou a mensagem: “Nós, da minha associação, estamos aqui, batemos no carro deles, mas só conseguimos bater-lhe com um pau nas costas”.
“Não sei o que aconteceu depois, mas ele [Sanchez] saiu vivo da nossa zona”, escreveu.
Em declarações ao “ElDiário”, Adrián negou ter participado do ataque a Sánchez, mas afirmou conhecer muitos dos envolvidos.
No entretanto, o sindicato Solidariedad – ligado ao partido de extrema-direita Vox - ofereceu os seus serviços jurídicos aos responsáveis pelo ataque.
“Assassinos" foi um grito ouvido em Paiporta.
“Compreendemos perfeitamente a indignação do povo espanhol perante um Presidente que o humilhou. Se for detido ou multado, os nossos serviços jurídicos estão à sua disposição gratuitamente”, escreveu o sindicato na rede social “X”.
Pedro Sánchez afirmou, este domingo à tarde, já depois do ataque, rejeitar “qualquer tipo de violência”.
O governante garantiu: “Não nos vamos desviar, apesar do que possa acontecer a algumas pessoas violentas absolutamente marginais, todos os cidadãos valencianos e espanhóis querem olhar para a frente e seguir em frente com as suas vidas.”
Tanto os Reis de Espanha como Sánchez foram recebidos com insultos e lama em Paiporta; ouviram-se gritos de "assassinos", "saiam daqui", "socorro", "Mazón demite-te" ou "Pedro Sánchez demite-te".