01 nov, 2024 - 09:04 • Teresa Almeida , Olímpia Mairos , João Cunha (enviado especial) , Alexandre Abrantes Neves
Continua a ser um número provisório. Sobe para 205 o número de vítimas em resultado das inundações em Espanha. 202 morreram na região de Valência, mais dois em Castilha-La Mancha e um na Andaluzia, um cidadão de nacionalidade britânica.
Já estão no terreno, desde as 7h00, os cerca de 500 militares do exército espanhol para apoiar as ações de resgate na região de Valência. A garantia foi dada pela ministra de Defesa espanhola.
Margarita Robles promete mais ajuda, confirmando que já há 1.700 militares destacados e que no sábado o número deverá aumentar tendo em conta as necessidades.
Esta manhã o ministro espanhol dos Transportes admitiu que 80 quilómetros de estradas estão destruídos em toda a região valenciana. Óscar Puente garante que as obras já começaram, mas que serão precisos entre 10 a 12 dias para o retomar da normalidade.
Em relação à alta velocidade, há também grandes constrangimentos. Os comboios só deverá voltar a circular dentro de 15 dias depois da destruição de três das cinco linhas de Valência.
Até ao momento estão contabilizados 205 mortos, 202 dos quais em Valência, dois em Castilla-La Mancha e um na Andaluzia - um cidadão de nacionalidade britânica.
A região de Huelva passou de aviso vermelho para laranja às 14 horas portuguesas desta sexta-feira. Parte da cidade inundou às primeiras horas do dia, mas a situação acalmou nas últimas horas, apesar de a chuva continuar a cair.
Em declarações à Renascença, Miguel Rodriguez, funcionário de um hotel na região, assinala que há "inundações em algumas garagens, mas não há prejuízos maiores". Este cidadão espanhol critica, no entanto, a ação das autoridades e a forma como comunicaram com a população.
"Nós em Huelva não recebemos nenhum aviso ou alerta nos nossos telemóveis. Só disseram que havia aviso vermelho e que tínhamos de nos proteger se formos à rua. Não podemos sair de casa e já cortaram estradas - depois do que se passou em Valência, querem evitar qualquer tipo de problema", apontou.
O primeiro-ministro espanhol está esta manhã na Agência Estatal de Meteorologia em Madrid. Uma deslocação de Pedro Sanchéz que acontece depois das críticas de Alberto Nunez Feijó, líder do PP, à atuação deste organismo.
À hora de almoço, Sanchéz preside a mais uma reunião do gabinete de crise, na Moncloa.
Os reis de Espanha irão visitar as zonas afetadas, este fim de semana, e levarão para o terreno uma equipa de 50 pessoas da Guarda Real que irão reforçar as operações de resgate.
A tragédia em Valência impede que muitos cidadãos prestem, neste 1 de novembro, a homenagem aos familiares e amigos que já partiram. Estão limitadas as visitas a um dos principais cemitérios da cidade, devido a um alerta emitido pela Comunidade Valenciana, realizando-se apenas as cerimónias fúnebres previamente programadas.