Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

EUA

Mulher que atacou motorista de Uber com gás-pimenta acusada de crimes de ódio

30 out, 2024 - 21:58 • Diogo Camilo

Shohel Mahmud foi atacado por Jennifer Guilbeault enquanto recitava uma oração em árabe quando o carro estava parado num sinal vermelho em Nova Iorque. Depois de perceber que o carro estava em movimento, motorista voltou para colocar o veículo e as ocupantes em segurança.

A+ / A-

Uma mulher foi acusada de crimes de incitamento ao ódio depois de ter atacado um motorista de Uber muçulmano com gás pimenta em Nova Iorque, quando este se encontrava a rezar em árabe.

O vídeo de vigilância do episódio mostra Jennifer Guilbeault, de 23 anos, que estava no banco de trás do carro, a atacar repetidamente o motorista, Shohel Mahmud de 45 anos, enquanto este recitava uma oração em árabe quando o carro estava parado num sinal vermelho e se encontrava prestes a terminar a boleia.

No vídeo, Shohel tenta resistir e sair do carro após ser atingido com gás pimenta nos olhos, voltando ao carro segundos depois, após ter percebido que o carro estava destravado, para colocar o veículo e as ocupantes em segurança, enquanto a segunda passageira tenta parar Guilbeault.

O episódio aconteceu a 31 de julho deste ano e, como resultado da agressão, a norte-americana foi acusada de um crime de agressão como crime de ódio em segundo grau, de agressão como crime de ódio em terceiro grau e de assédio agravado em segundo grau pelo Ministério Público de Manhattan, segundo o New York Times.

Depois do ataque, o motorista ligou para o número de emergência e Guilbeault foi detida no local.

Em entrevistas às televisões norte-americanas na altura, Mahmud disse acreditar que o incidente estava relacionado com questões raciais e que estava a trabalhar menos horas para zelar pela sua segurança.

“Mentalmente não estou bem. Ela deve ser punida. Eu sou um humano, não sou um robô. Têm de me tratar como um humano. Estou a trabalhar para alimentar a minha família”, disse em entrevista à CBS.

Em comunicado, a acusação defende que a mulher "atacou sem sentido" o motorista "enquanto este fazia o seu trabalho. "A vítima é um nova iorquino trabalhador que não deve enfrentar este tipo de ódio devido à sua identidade. Todos são bem vindos a viver e trabalhar em Manhattan", acrescentou o procurador Alvin Bragg.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+