27 out, 2024 - 13:48 • Lusa
O Exército israelita disse este domingo que eliminou cerca de 70 milicianos e atacou mais de 120 alvos do Hezbollah no sul do Líbano e nos subúrbios a sul de Beirute, bastião do grupo xiita devastado pelos ataques de Israel.
"Durante a noite, as Forças Armadas israelitas realizaram ataques minuciosos com base em informações de inteligência contra instalações de fabrico e manutenção de armas e um depósito de armas pertencente à organização terrorista Hezbollah na área de Dahye, um bastião importante", detalhou um comunicado militar.
O texto explica ainda que outro dos alvos atacados foi uma infraestrutura da unidade aérea do Hezbollah, sem especificar onde, bem como milicianos que dispararam contra as tropas israelitas, que iniciaram uma invasão terrestre do Líbano em 1 de outubro.
Também, segundo o serviço de ambulâncias Magen David Adom, um homem de 61 anos ficou ligeiramente ferido no tronco e outro de 31 anos na mão, após um ataque do Hezbollah com um drone contra o parque industrial de Bar Lev, junto à cidade de Karmiel, no norte de Israel.
Sobre a guerra na Faixa de Gaza, o Exército israelita afirmou hoje ter eliminado mais de 40 milicianos no norte da Jabalia só no último dia, zona que está sob cerco militar há mais de 21 dias e onde morreram centenas de palestinianos, incluindo mulheres e crianças.
No sábado, a Defesa Civil de Gaza alertou para a incapacidade das suas equipas em responder aos vários pedidos de socorro que receberam do norte do território palestiniano devido aos ataques e ao cerco a hospitais, como o Kamal Adwan, onde 44 profissionais de saúde foram detidos.
"Não somos capazes de responder às múltiplas chamadas e pedidos que recebemos de casas que foram bombardeadas e queimadas pelas forças israelitas nas cidades de Jabalia e Al Nazla, no norte de Gaza", alertou no serviço de mensagens Telegram o porta-voz da entidade, Mahmud Basal.
O director-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, denunciou no sábado na rede social X que "a situação no norte de Gaza é catastrófica", e disse que as "intensas operações militares" junto e no interior de hospitais, como a falta de recursos, estão a privar os habitantes de Gaza de cuidados médicos vitais.