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Guterres insiste que invasão russa é "violação" do direito internacional

25 out, 2024 - 05:12 • Lusa

O responsável da ONU repetiu também o seu apoio a uma "paz justa".

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O secretário-geral da ONU, António Guterres, insistiu esta quinta-feira, durante um encontro com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que a invasão do país à Ucrânia é uma "violação" do direito internacional.

Guterres, que se reuniu com o presidente russo à margem da cimeira dos BRICS, em Kazan, na Rússia, "repetiu a sua posição de que a invasão russa da Ucrânia violou a Carta da ONU e o direito internacional", afirmou um porta-voz, em comunicado.

O responsável da ONU repetiu também o seu apoio a uma "paz justa", de acordo com a Carta e o direito internacional, e sublinhou ao presidente russo o seu compromisso com a "liberdade de navegação no Mar Negro", capital para a Ucrânia e para a segurança alimentar e energética global.

Enquanto isso, Vladimir Putin considerou que a sua relação com os Estados Unidos dependerá da atitude de Washington após as eleições norte-americanas e, a menos de duas semanas da votação, elogiou a sinceridade, segundo ele, do candidato republicano Donald Trump pelo seu desejo de estabelecer a paz na Ucrânia.

"O desenvolvimento das relações russo-americanas após as eleições dependerá dos Estados Unidos. Se eles estiverem abertos, nós também estaremos abertos. E se eles não quiserem, não precisamos de o fazer", declarou, antes da reunião com António Guterres.

Falando em "querer fazer tudo para acabar com o conflito na Ucrânia", o candidato republicano Donald Trump fez comentários "sinceros", elogiou Vladimir Putin.

Mas a paz só pode ser estabelecida "nas realidades" do campo de batalha e em nada mais, alertou o presidente russo, considerando que os ocidentais "não escondem o seu objetivo de infligir uma derrota estratégica" à Rússia, "cálculos ilusórios que só podem ser feitos por quem não conhece a história da Rússia e não tem em conta a sua unidade forjada ao longo dos séculos".

António Guterres e Vladimir Putin, que não se reuniam desde abril de 2022, discutiram também a situação no Médio Oriente, em particular "a necessidade absoluta de um cessar-fogo em Gaza e no Líbano, bem como a necessidade de evitar uma nova escalada regional", de acordo com o comunicado da ONU.

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