18 out, 2024 - 21:30 • Miguel Marques Ribeiro
Os astronautas norte-americanos já começaram a votar para as próximas eleições presidenciais de 4 de novembro.
A orbitar em média a 400 km da Terra, os residentes da Estação Espacial Internacional estão naturalmente impedidos de dar uma perninha até à mesa de voto mais próxima, ou de enviar o seu voto por correio, como acontece com os eleitores comuns.
Segundo a NASA, foi necessário definir um procedimento especial para permitir aos membros de missões espaciais participar em eleições.
O primeiro passo, refere a agência norte-americana, é preencher com antecedência, tal como os restantes cidadãos a viver fora do país, um Formulário Postal Federal, a solicitar o voto à distância ou voto antecipado.
Depois de colocada a cruzinha a bordo da estação espacial no boletim de voto electrónico, este é enviado para a Terra por satélite, onde vai ser captado por uma antena localizada em Los Cruces, no Novo México.
Espaço
A parceria foi anunciada em 2023 e, agora, foram p(...)
Daqui, o voto é transferido para o Centro Espacial Johnson, situado em Houston, a quem cabe a responsabilidade de o enviar para a mesa de voto do condado em que o astronauta está registado.
“Para preservar a integridade do voto, o boletim é criptografado”, podendo ser lido apenas pelo astronauta e pelo responsável eleitoral.
Desde 1997, que os astronautas conseguem votar nas eleições americanas. O passo decisivo foi dado quando as autoridades do Texas aprovaram uma lei que permite a quem está em órbita depositar o seu voto à distância.
Nesse mesmo ano, o astronauta David Wolf tornou-se no primeiro americano a votar no espaço, quando se encontrava a bordo da estação espacial russa MIR.
Em 2020, uma astronauta participou no ato eleitoral que elegeu Joe Biden para a presidência, enquanto se encontrava a residir na Estação Espacial Internacional.
A agência americana destaca a forma como os membros das suas tripulações continuam a participar na vida política e social do seu país, ainda que estejam longe de casa. “As redes da NASA põe-nos em contacto com amigos e família”. Mesmo estando a centenas de quilómetros de terra firme, eles têm “a oportunidade de participar na democracia e na sociedade”.