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Energia Nuclear

Google assina acordo para alimentar centros de dados com energia nuclear

15 out, 2024 - 15:13 • Salomé Esteves

Gigante tecnológico quer ter primeiro pequeno reator nuclear a produzir energia até 2030. Microsoft comprou antiga central nuclear, no mês passado.

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A Google assinou o "primeiro acordo corporativo" para a utilização de reatores nucleares de pequena dimensão para alimentar novos centros de dados focados em inteligência artificial.

Os detalhes do plano não são conhecidos, mas a Google e a Kairos Power esperam poder ativar o funcionamento do primeiro reator nuclear ainda esta década. O objetivo principal é que o número aumente até 2035.

Em comunicado, Michael Terrell, diretor sénior para a Energia e o Clima, da Google, fala na "próxima geração de tecnologias elétricas limpas" que permitirão à organização cumprir o "objetivo ambicioso" de alcançar a descarbonização e a neutralidade carbónica.

Atualmente, a inteligência artificial (IA) obrigada a uma maior produção energética ao mesmo tempo que permite avanços tecnológicos e descobertas científicas, para pessoas e serviços. Estas novas redes de abastecimento, garante Terrell, permitem produzir mais energia, de modo "limpo e fiável", a "qualquer hora do dia".

Além dos benefícios climáticos, sublinha Terrell, a construção de pequenos reatores modulares - do inglês Small Modular Reactors (SMR) - podem "reduzir os prazos de construção, permitir a sua utilização em mais locais e prever o resultado do projeto final".

No mesmo texto, lê-se que "ao produzir eletricidade de vários reatores", a Kairos Power poderá acelerar a produção de energia e, espera, baixar o custo da tecnologia e poder disseminá-la no mercado o mais cedo possível.

No ano passado, a Kairos Power foi a primeira empresa em 50 anos a receber uma autorização dos reguladores norteamericanos para construir um novo tipo de reator nuclear.

A notícia deste acordo chega três semanas depois de a Microsoft anunciar a reativação da central nuclear de Three Mile Island, para criar uma "fonte de energia limpa para centros de dados para inteligência articificial", lê-se na BBC. A empresa tecnológica pretende reabrir a estrutura em 2028.

Em 1979, a ilha, localizada na Pensilvânia, foi palco do "pior acidente nuclear da história dos Estados Unidos", apesar de não ter causado feridos nem mortos. De acordo com a mesma fonte, antes do incidente, esta era uma das centrais nucleares mais seguras do mundo.

À semelhança da Google, também a Microsoft pretende atingir a descabornização das suas fontes de energia nos próximos anos.

Às duas gigantes junta-se a Amazon, que, em março passado, também mostrou a intenção de construir um centro de dados alimentado por energia nuclear na Pensilvânia.

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