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Ataques no Líbano destroem igreja e matam oito pessoas

11 out, 2024 - 11:53 • Carla Fino , Daniela Espírito Santo

Edifícios atingidos albergavam refugiados, denuncia Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, que se mostra preocupada com a escalada de violência naquele país.

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Um ataque aéreo em Derdghaya, junto à cidade de Tiro, no Líbano, atingiu uma igreja que abrigava refugiados, esta quinta-feira.

A denúncia é feita esta sexta-feira pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), que adianta que dois salões daquele edifício religioso foram atingidos, o que causou o desabamento do edifício. O ataque terá sido feito por aviões de combate, é dito.

"Mais tarde, o edifício de três andares que funcionava como residência do sacerdote e escritórios da paróquia foi também atingido noutro ataque", diz a fundação, que adianta que também esse espaço, que faz parte da "eparquia greco-católica de Tiro", ficou destruído.

"Os dois ataques provocaram pelo menos oito mortos", adianta a fonte.

Fundação Ajuda à Igreja que Sofre preocupada com a escalada de violência no Líbano

A Fundação Ajuda À Igreja que Sofre (AIS) está preocupada com a escalada de violência no Líbano, que também está a afetar a comunidade cristã no país.

À Renascença, a diretora do secretariado nacional da AIS revela que as estruturas da Igreja Católica no país estão a acolher muitos cristãos que se refugiam e que pedem ajuda. "Não nos podemos esquecer que o Líbano já estava a viver uma situação dramática nos últimos anos, com problemas gravíssimos em termos económicos e em termos sociais e portanto, a população neste momento já é muito fragilizada", explica Catarina Martins de Bettencourt. "Este início de guerra fragilizou ainda mais a população e, mais concretamente, a comunidade cristã", revela.

São situações dramáticas que chegam do Líbano e que levaram a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre no país a pedir ajuda internacional às suas congéneres, muito por causa da procura por ajuda e por um refúgio para fugir da guerra a sul. "Este pedido de ajuda chegou porque as Igrejas, os conventos, as casas dos religiosos e das religiosas estavam já a acolher tantas pessoas que estavam a chegar, vindas das zonas mais a sul do Líbano. Chegou-nos este pedido e daí termos lançado esta campanha de emergência, no sentido de alertar também e de dar a conhecer o que se está a passar e de como a comunidade cristã também está a ser afetada por esta guerra, que é cada vez mais uma guerra regional", explica Catarina Martins Bettencourt.

A diretora do secretariado nacional da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre convida, assim, os portugueses a passarem pelo site da Fundação e ficar a conhecer de que modo podem ajudar nesta campanha. "Nós estamos a ajudar neste momento com projetos de maior urgência, como alimentos, produtos sanitários, cobertores, roupa, medicamentos... tudo o que é essencial para as pessoas poderem sobreviver", diz. "Como nos diz uma colega que está no Líbano, se este conflito se prolongar, no próximo inverno que está a chegar - e há regiões do Líbano que é extremamente frio e as temperaturas vão muito abaixo de zero . também será necessário apoio na parte do aquecimento das próprias casas", acrescenta.

[Notícia atualizada às 15h08 de 11 de outubro de 2024 para acrescentar declarações de Catarina Martins de Bettencourt, diretora do secretariado nacional da Fundação Ajuda À Igreja que Sofre]

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