Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Eleições nos EUA

Trump procura ganhos eleitorais em terras de Biden na Pensilvânia

10 out, 2024 - 00:34 • João Pedro Quesado com Reuters

Scranton é uma parte lendária da história de origem do atual Presidente dos EUA. Sem os 19 votos eleitorais da Pensilvânia, nem Donald Trump nem Kamala Harris conseguem chegar à Casa Branca.

A+ / A-

O candidato presidencial republicano Donald Trump prometeu, esta quarta-feira, aumentar a produção de energia dos EUA caso seja novamente eleito para a Casa Branca. O ex-Presidente foi à cidade natal do presidente Joe Biden - Scranton, na Pensilvânia, o mais importante dos estados decisivos - à procura de reforçar o seu apelo entre trabalhadores.

Esta foi a segunda visita de Trump à Pensilvânia em apenas cinco dias, onde realiza comícios em regiões povoadas pela classe trabalhadora, vista como um bloco eleitoral fundamental na disputa acirrada entre o ex-presidente e a oponente democrata, Kamala Harris.

Os dois candidatos travam uma disputa acirrada na Pensilvânia, um estado decisivo cujos 19 votos eleitorais são cruciais para decidir quem vence a eleição de 5 de novembro. Sem a Pensilvânia, qualquer um dos candidatos à Presidência não consegue chegar à Casa Branca.

"Se vencermos na Pensilvânia, venceremos tudo", disse Trump a milhares de apoiadores em Scranton.

O discurso de Trump foi fortemente focado na produção de energia, uma questão importante para os trabalhadores empregados na produção de energia por meio de fraturamento hidráulico ("fracking") na Pensilvânia.

Harris, a vice-presidente, opôs-se a este método de extração de combustíveis fósseis por muito tempo, mas mudou de posição para apoiá-lo quando se tornou candidata democrata.

"Faremos da Pensilvânia uma fornecedora de energia para o mundo inteiro, e cortarei seus preços de energia pela metade", disse Trump.

"No primeiro dia, 'frack, frack, frack' e 'perfure, perfure, perfure'", afirmou Trump, assegurando que "teremos independência energética e domínio energético."

Os preços da gasolina subiram durante a administração Biden, mas recentemente houve quedas significativas, e especialistas acreditam que os preços nas bombas de gasolina devem cair abaixo de 3 dólares por galão (cerca de 3,7 litros) no final de outubro.

Além de Trump prometer um aumento na produção de energia, fez a habitual ronda por assuntos desconexos, e apregoou a amizade com Elon Musk, CEO da fabricante de carros elétricos Tesla. Musk apareceu com Trump no comício em Butler, Pensilvânia, no sábado, e planeia mais campanhas para o ex-presidente no estado, além de estar a apoiar as operações no terreno da campanha Trump.

Enquanto Biden é mais associado a Delaware, como ex-senador do estado, Scranton é uma parte lendária da sua história de origem. O atual Presidente dos EUA nasceu na cidade industrial e cresceu numa casa modesta.

Biden venceu o reduto democrata do Condado de Lackawanna, em grande parte devido a Scranton, por 9 pontos percentuais em 2020, superando a democrata Hillary Clinton, que em 2016 venceu o condado por menos de 4 pontos - e perdeu o estado da Pensilvânia por menos de 45 mil votos entre quase seis milhões de votantes.

Trump fez da economia dos EUA um tema central da campanha republicana, prometendo tarifas sobre algumas importações para aumentar a produção de bens nos Estados Unidos e impulsionar o emprego. A proposta é largamente criticada por economistas, que apontam a subida de preços para os consumidores norte-americanos como uma das prováveis consequências.

A sondagem mais recente da Reuters-Ipsos é mais uma a mostrar que os eleitores consideram a economia o principal problema enfrentado pelo país. Cerca de 44% dos inquiridos disseram que Trump tinha a melhor abordagem para lidar com o "custo de vida", em comparação com 38% que escolheram Harris.

Saiba Mais
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+