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Netanyahu contesta proposta de embargo à venda de armas a Israel

05 out, 2024 - 22:30 • Lusa

Primeiro-ministro insistiu que o seu país está a travar uma guerra em várias frentes contra organizações apoiadas pelo Irão, o inimigo declarado de Israel.

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O primeiro-ministro israelita criticou este sábado o Presidente francês e os países francófonos que pediram a suspensão do fornecimento de armas a Israel, por causa da guerra em Gaza e no Líbano.

"Enquanto Israel luta contra as forças da barbárie lideradas pelo Irão, todos os países civilizados devem apoiar Israel com firmeza. No entanto, o Presidente Macron e outros líderes ocidentais estão agora a pedir embargos de armas contra Israel. Deveriam ter vergonha", afirmou Benjamin Netanyahu.

O primeiro-ministro insistiu que o seu país está a travar uma guerra em várias frentes contra organizações apoiadas pelo Irão, o inimigo declarado de Israel.

"O Irão impõe um embargo de armas ao Hezbollah, aos 'houthis' (rebeldes no Iémen), ao Hamas e aos seus outros representantes? Claro que não", afirmou.

"Este eixo do terror está unido, mas os países que supostamente se opõem a este eixo de terror estão a pedir um embargo de armas a Israel. É uma pena", acrescentou Netanyahu, assegurando que o seu país vai vencer de qualquer modo.

"Tenham a certeza de que Israel lutará até que a batalha seja ganha, para o nosso bem e para o bem da paz e da segurança no mundo", afirmou.

No seu discurso, o líder israelita argumentou que o seu exército está a lutar "pela paz e segurança no mundo".

No final da cimeira da Organização Internacional da Francofonia (OIF), o chefe de Estado francês pediu um cessar-fogo e criticou quem vende armas a Israel, sem nunca nomear os EUA, o principal fornecedor de armamento.

"Se pedimos um cessar-fogo (em Gaza e no Líbano) é coerente não dar armas a Israel. Penso que aqueles que as fornecem não podem apelar todos os dias a um cessar-fogo como nós, mas ao mesmo tempo fornecer armas", disse Macron, no encerramento da 19ª cimeira da OIF, em Paris.

Os 88 membros da organização, incluindo a França, o Canadá e a Bélgica, apelaram ao fim das hostilidades na região e anunciaram "uma conferência internacional de apoio ao Líbano", um país membro da francofonia, em outubro.

O Líbano é membro de pleno direito da Francofonia devido aos seus laços culturais, tendo estado sob administração francesa antes da independência.

Israel iniciou na terça-feira uma incursão terrestre no Líbano contra o grupo militante xiita Hezbollah. O exército israelita declarou que nove soldados morreram em combates no sul do Líbano.

O Hezbollah e Israel têm trocado tiros através da fronteira com o Líbano quase diariamente desde o dia seguinte ao ataque transfronteiriço do Hamas, em 07 de outubro de 2023, que matou 1.200 israelitas e fez 250 reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao grupo islamita palestiniano e desde então, de acordo com as autoridades controladas pelo Hamas, já matou mais de 41.000 civis palestinianos, mais de metade dos quais eram mulheres e crianças, bem como cerca de 2.000 pessoas no Líbano, a maioria desde 23 de setembro.

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