01 out, 2024 - 05:15 • Lusa
O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, demitiu-se esta terça-feira, abrindo caminho para que o sucessor, Shigeru Ishiba, assuma o cargo.
O secretário-chefe do Governo, Yoshimasa Hayashi, anunciou que Fumio Kishida e os seus ministros se demitiram numa reunião do executivo, realizada esta terça-feira.
Shigeru Ishiba, antigo ministro da Defesa, foi eleito na sexta-feira líder do Partido Liberal Democrata (LPD, na sigla em inglês), o partido no poder, que governa o Japão de forma quase contínua há décadas.
Ishiba vai suceder a Fumio Kishida como primeiro-ministro, que anunciou em agosto que não se iria candidatar a um novo mandato de três anos.
Kishida assumiu o cargo em 2021, mas anunciou a saída para que o partido possa ter um novo líder depois de o Governo ter sido assolado por vários escândalos de corrupção.
Shigeru Ishiba será nomeado primeiro-ministro ainda esta terça-feira, numa votação no parlamento do Japão, que é dominado pela coligação governamental liderada pelo LPD, e deverá então anunciar a composição do novo Governo.
Ishiba disse na segunda-feira que pretende convocar eleições legislativas antecipadas a 27 de outubro.
"Penso que é importante que o novo governo seja julgado pelo povo o mais rapidamente possível e, se as condições estiverem reunidas, espero convocar eleições [legislativas] antecipadas para 27 de outubro", declarou o futuro chefe do governo, durante uma conferência de imprensa.
"Estou ciente de que é bastante invulgar alguém que [ainda] não é primeiro-ministro fazer este tipo de declarações... mas não creio que seja inapropriado", acrescentou.
Durante a sua campanha para líder do LDP, Ishiba, de 67 anos, prometeu estimular a economia, incentivando o investimento nacional nos setores tecnológico dos semicondutores e da inteligência artificial.