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Médio Oriente

Milícias pró-Irão ameaçam atacar bases dos EUA no Iraque

01 out, 2024 - 23:38 • Lusa

As tropas norte-americanas estão presentes no Iraque enquanto lideram a coligação antijihadista internacional e têm sido alvo de ataques de milícias pró-Irão, especialmente desde o início da guerra em Gaza, há quase um ano.

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As milícias armadas iraquianas pró-Irão ameaçaram esta terça-feira atacar bases e interesses dos Estados Unidos no Iraque, em caso de ataque ao Irão na sequência do lançamento de mísseis por Teerão contra Israel.

"Se os americanos se envolverem em ações hostis contra o Irão ou se o inimigo sionista utilizar o espaço aéreo iraquiano para bombardear o território iraniano, todas as bases e interesses americanos no Iraque e na região serão um alvo para nós", sublinhou o Comité de Coordenação da Resistência Iraquiana, que engloba as milícias pró-Irão mais poderosas do país.

Esta mensagem surgiu depois de o Presidente norte-americano, Joe Biden, ter ordenado às Forças Armadas norte-americanas que abatessem mísseis que o Irão lançou hoje contra Israel.

As tropas norte-americanas estão presentes no Iraque enquanto lideram a coligação antijihadista internacional e têm sido alvo de ataques de milícias pró-Irão, especialmente desde o início da guerra em Gaza, há quase um ano.

O conselheiro de segurança nacional norte-americano, Jake Sullivan, e o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, garantiram que os EUA querem coordenar com Israel uma resposta ao Irão.

A Guarda Revolucionária iraniana confirmou o lançamento de mísseis contra Israel em resposta aos assassinatos do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, do chefe do Hezbollah, Hasan Nasrallah, e de um general iraniano.

Mais tarde, a Guarda Revolucionária do Irão disse que atingiu "três bases militares" em redor de Telavive durante a operação.

Já o líder supremo do Irão, Ali Khamenei, afirmou que a "vitória pertence aos defensores do que é justo", numa publicação nas suas redes sociais após o ataque.

A mensagem foi acompanhada por um vídeo em que Khamenei aparece acompanhado em várias imagens de arquivo por Haniyeh, Nasrallah e Qasem Soleimani, um antigo general à frente da Força Quds da Guarda Revolucionária Iraniana (IRGC) assassinado no Iraque pelos Estados Unidos em 2020.

O movimento islamita Hamas, em guerra com Israel na Faixa de Gaza, celebrou os "heroicos lançamentos de mísseis" do Irão contra Israel, considerando que é uma "mensagem poderosa ao inimigo sionista e ao seu governo fascista".

Também os rebeldes Huthis do Iémen manifestaram hoje o seu apoio ao ataque com mísseis do Irão, sublinhando que esta é a "única forma" de travar os "crimes brutais" perpetrados pelo Exército israelita na região.

"Dissuadir e confrontar a entidade inimiga sionista é a única forma de a deter e impedir que continue com os seus crimes brutais contra o povo palestiniano e libanês e na região", apontou o porta-voz dos Huthis, Abdulsalam Salá, nas suas redes sociais.

A missão Iraniana junto da ONU descreveu, em comunicado, o ataque como uma "resposta legal, racional e legítima aos atos terroristas do regime sionista contra cidadãos e interesses iranianos e por violação da soberania da República Islâmica".

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