27 set, 2024 - 23:19 • João Pedro Quesado
Antony Blinken pediu esta sexta-feira para Israel e o Hezbollah escolherem o caminho da diplomacia, horas depois de um ataque israelita no Líbano cujo alvo declarado era o líder do Hezbollah. O secretário de Estado dos Estados Unidos da América (EUA) declarou que a forma como Israel se defende "importa".
Numa conferência de imprensa à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, que decorreu esta semana em Nova Iorque, Blinken declarou que "as escolhas que todas as partes fazem nos próximos dias vão determinar em que caminho esta região está, com profundas consequências para o seu povo, agora e possivelmente durante anos".
Esta quinta-feira, Israel rejeitou uma proposta para um cessar-fogo de 21 dias no Líbano, com o grupo Hezbollah. A proposta tinha sido avançada pelos EUA, França e muitos outros aliados ocidentais, e a recusa provocou confusão entre estes países que, segundo a "CNN", consideravam que a assinatura do cessar-fogo era apenas uma questão de tempo.
Antony Blinken avisou que não escolher a via diplomática vai levar a "mais conflito, mais violência, mais sofrimento, e maior instabilidade e insegurança, cujos efeitos vão ser sentidos à volta do mundo".
O chefe da diplomacia norte-americana considera que ainda há um caminho para a diplomacia, apesar de "poder parecer difícil ver isso neste momento". O secretário de Estado considera essa via "necessária", e diz que os EUA vão "continuar a trabalhar intensivamente com todas as partes para lhes urgir a escolher esse caminho".
Pelo menos seis pessoas morreram num ataque pesado da Israel em Beirute, que destruiu vários edifícios num subúrbio no sul da cidade. O número de vítimas não é definitivo.