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González agradece a Sánchez pelo interesse em restaurar a democracia na Venezuela

12 set, 2024 - 17:48 • Lusa

O encontro ocorreu um dia depois de o Congresso espanhol, sob proposta da oposição conservadora e com o voto contra dos socialistas, ter instado o governo a reconhecer González como presidente da Venezuela como vencedor das últimas eleições no seu país.

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O líder da oposição venezuelana, Edmundo González, agradeceu esta quinta-feira ao primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, pelo interesse em trabalhar pela recuperação da democracia e pelo respeito aos direitos humanos na Venezuela, após ser recebido na Moncloa pelo chefe de governo.

"Queridos compatriotas, hoje tive uma conversa muito agradável e interessante com o Presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, no Palácio da Moncloa [sede do executivo], a quem agradeci a sua disponibilidade para me receber, a mim e à minha mulher, em Espanha", disse o líder da oposição venezuelana numa mensagem aos seus compatriotas, a que a Efe teve acesso.

"Ao mesmo tempo, expressei o nosso reconhecimento pelo seu interesse em trabalhar para a recuperação da democracia e para o respeito pelos direitos humanos" na Venezuela, acrescentou González, que participou no encontro com Sánchez acompanhado pela filha, Carolina González.

"Da mesma forma, reiterei a determinação em continuar a luta para fazer cumprir a vontade soberana do povo venezuelano, expressa a 28 de julho por mais de oito milhões de eleitores", afirmou o líder da oposição venezuelana na mensagem divulgada após o encontro com o presidente espanhol, que durou uma hora.

Por seu lado, Pedro Sánchez, numa mensagem na rede social X, deu as boas vindas ao líder da oposição venezuelana.

"Dou as boas-vindas a Edmundo González ao nosso país, e recebemo-lo como um sinal do compromisso humanitário e da solidariedade de Espanha para com os venezuelanos. A Espanha continua a trabalhar em prol da democracia, do diálogo e dos direitos fundamentais do povo irmão da Venezuela", afirmou Sánchez.

O encontro ocorreu um dia depois de o Congresso espanhol, sob proposta da oposição conservadora e com o voto contra dos socialistas, ter instado o governo a reconhecer González como presidente da Venezuela como vencedor das últimas eleições no seu país.

Em resposta, o presidente do Parlamento venezuelano, o pró-governamental Jorge Rodríguez, pediu a aprovação urgente de uma resolução para que o governo bolivariano "rompa imediatamente todas as relações" com Espanha.

O governo espanhol não considera a possibilidade de reconhecer a vitória da oposição a 28 de julho, como exigido pelo Congresso, e remete para a posição comum dos seus parceiros da União Europeia (UE), que continuam a exigir os registos eleitorais das eleições.

Edmundo González Urrutia chegou domingo a Madrid num avião da Força Aérea espanhola para pedir asilo político, depois de ter denunciado a fraude nas eleições presidenciais venezuelanas.

Numa declaração divulgada no perfil pessoal na rede social X após a chegada a Espanha, González agradeceu "profundamente" ao governo espanhol por o ter acolhido, agradecimento que a filha Carolina reiterou ao ler uma mensagem do pai durante um comício realizado quarta-feira em frente ao Congresso, numa altura em que estava a ser debatida a iniciativa do Partido Popular (PP) espanhol, de reconhecer a vitória do líder da oposição a Nicolas Maduro.

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