17 ago, 2024 - 00:12 • Ricardo Vieira, com agências
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, acredita que um cessar-fogo entre Israel e o Hamas está “mais perto do que nunca”.
As declarações de Joe Biden foram proferidas após uma nova ronda de negociações, em Doha, no Qatar, que não contaram com a participação do grupo palestiniano que controla a Faixa de Gaza.
O Presidente norte-americano pede ao mundo que “faça figas” pela paz e apela a que nenhuma das partes envolvidas no conflito que assola o Médio Oriente mine os esforços diplomáticos em curso.
As negociações dos últimos dois dias, em Doha, entre EUA, Egito e Qatar, para um cessar-fogo em Gaza e libertação de reféns, foram “sérias e construtivas”, declarou Joe Biden.
“Altos funcionários dos nossos governos reunir-se-ão novamente no Cairo antes do final da próxima semana com o objetivo de concluir o acordo nos termos hoje apresentados”, sublinhou.
O Presidente norte-americano espera que seja possível alcançar um acordo que salve vidas, permita a entrada de ajuda humanitária em Gaza e ajuda a acalmar as tensões no Médio Oriente.
Palestina e Israel
Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, foram r(...)
As discussões sobre um cessar-fogo e a libertação de reféns em Gaza serão retomadas no Cairo na próxima semana, após 48 horas de negociações "construtivas" em Doha, segundo um comunicado conjunto dos mediadores.
No terreno, a situação humanitária agrava-se a cada dia. Esta sexta-feira foi anunciado um caso de poliomielite na Faixa de Gaza, anunciou o Ministério da Saúde palestiniano. A doença não circula em grande parte do planeta desde o início do século XIX e pode ser prevenida através de vacinação.
As Nações Unidas pediram uma pausa humanitária para combater o vírus. António Guterres, secretário-geral, pediu garantias imediatas e avisou é necessário um grande esforço e mobilização de meios para prevenir e conter a transmissão da poliomielite na Faixa de Gaza.
Guterres declarou que as ONU está prestes a lançar uma campanha de vacinação contra a doença para crianças até aos 10 anos de idade (cerca de 640 mil crianças), mas sublinhou que "os desafios são graves".
Mais de 40 mil pessoas morreram na Faixa de Gaza na retaliação de Israel ao ataque terrorista de 7 de outubro, realizado pelo Hamas.
Representa um "marco sombrio para todo o mundo", lamentou o alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk.