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Casos de Covid-19 reduzidos em 59% graças às vacinas, diz OMS

09 ago, 2024 - 07:46

Numa altura que se aumentam os casos de covid-19, um estudo divulgado esta sexta feira (9) pela Organização Mundial da Saúde, as vacinas salvaram cerca de 1,6 milhões de pessoas durante a pandemia.

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A OMS/Europa refere que desde a sua introdução, em dezembro de 2020 e até março de 2023, as vacinas contra a Covid-19 reduziram as mortes na pandemia em pelo menos 59% dos casos, salvando mais de 1,6 milhões de vidas na região europeia.

Estas são algumas das conclusões de um novo estudo publicado no The Lancet Respiratory Medicine, que acrescenta que o número atual de mortes por covid-19 na Europa poderia ter chegado aos quatro milhões sem as vacinas. A maioria dos pacientes salvos tinha 60 anos ou mais, sendo o grupo com maior risco de doença grave e morte por Covid-19. O autor do estudo, Margaux Meslé, afirma que "os resultados são claros e que a vacinação contra a covid-19 salva vidas".

"Sem o enorme esforço de vacinação, teríamos visto muito mais meios de subsistência perturbados e famílias a perder os parentes mais vulneráveis", destaca. Os países que implementaram programas de vacinação precoce que abrangem grandes partes da população - como a Bélgica, a Dinamarca, a Islândia, a Irlanda e o Reino Unido - registaram os maiores benefícios em termos do número global de vidas salvas, afirma a organização.

Segundo a OMS, estas conclusões são consideradas "altamente relevantes" atualmente, mais de um ano após a OMS ter declarado, em maio de 2023, que a covid-19 já não era uma emergência de saúde pública de interesse internacional. Nas últimas semanas, vários países da região europeia relataram um aumento no número de casos, o que os especialistas consideram "uma onda de verão da covid-19". Este é "um lembrete oportuno" de que, embora a infeção esteja a desaparecer na memória de milhões de pessoas, "o vírus não foi embora".

A percentagem de pacientes com doenças respiratórias que têm SARS-CoV-2 aumentou cinco vezes nas últimas oito semanas e a percentagem de pacientes hospitalizados com covid-19 também aumentou, reflete o estudo. Segundo a OMS/Europa, embora o número absoluto de casos seja menor do que a onda do inverno, as infeções por covid-19 na região neste verão ainda estão a causar hospitalizações e mortes.

"Obter uma vacina atualizada contra a covid-19 continua a ser uma ferramenta extremamente eficaz para reduzir hospitalizações e mortes em indivíduos de alto risco", alerta o estudo. Além disso, tomar uma vacina atualizada contra a covid-19 também reduz as hipóteses de desenvolver uma covid longa. Segundo os especialistas, o aumento do número de casos relatados neste verão pode ser explicado por viagens de férias e eventos de grande aglomeração como, por exemplo, grandes torneios desportivos e festivais de música.

A OMS/Europa lembra que diferentemente da gripe sazonal, a covid-19 circula o ano todo. Adianta que "até que esse padrão mude, a região pode muito bem experimentar múltiplas ondas de infeção a cada ano, sobrecarregando os sistemas de saúde e aumentando a chance de as pessoas ficarem doentes, especialmente as mais vulneráveis.

A OMS avisa ainda que para reduzir as hipóteses de infeção, principalmente agora que a covid-19 está a circular mais, deve-se usar máscaras em espaços internos lotados, bem como lavar as mãos regularmente.

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