27 jul, 2024 - 21:25 • Lusa
O chefe da diplomacia da União Europeia (UE) apelou este sábado a uma "solução política" na guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza, após um ataque israelita ao edifício de uma escola que terá provocado pelo menos 30 mortos.
"Deve ser estabelecido um cessar-fogo no imediato. A lei humanitária internacional deve ser respeitada. Deve ser permitida uma assistência em larga escala à população civil. Apenas uma solução política pode terminar com esta loucura", declarou Borrell na rede social X.
"Mais um ataque contra uma escola utilizada como refúgio para os deslocados internos em Khan Younis. Em simultâneo, uma população já muito fragilizada é forçada a deslocar-se para outros locais por várias vezes, sem que se veja um fim", prosseguiu o chefe da diplomacia europeia numa outra mensagem.
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O ataque israelita dirigido a uma escola de Deir al-Balah, no centro de Faixa de Gaza, foi pelo menos o oitavo que atingiu edifícios escolares desde 6 de julho.
Segundo o ministério da saúde controlado pelo grupo islamita, estes ataques provocaram mais de 100 mortos.
O Exército israelita indicou que a operação deste sábado se destinou a atingir terroristas que se encontravam nas instalações.
Desde o início deste conflito, a maioria dos 2,4 milhões de habitantes da Faixa de Gaza foram deslocados pelo menos uma vez e muitos encontraram refúgio em edifícios escolares, incluindo o atingido no dia de hoje.
Em 7 de outubro, comandos do movimento islamita palestiniano Hamas infiltrados no sul de Israel a partir da Faixa de Gaza, efetuaram um ataque que provocou 1.197 mortos, entre civis e militares, de acordo com dados da agência noticiosa AFP a partir de dados oficiais israelitas.
A campanha israelita de bombardeamentos aéreos, e de tanques na sequência de uma ofensiva terrestre já regista pelo menos 39.258 mortos, segundo dados do ministério da Saúde de Gaza, dirigido pelo Hamas, que não fornece indicações sobre a repartição entre civis e combatentes.
As baixas nas fileiras do Exército israelita também continuam a aumentar, com pelo menos 328 mortos, segundo o mais recente balanço.