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Europeias. Google encerra mais de mil canais no Youtube relativos às eleições

26 jul, 2024 - 12:25 • Lusa

Canais de desinformação ligados à Rússia partilharam "conteúdos com narrativas críticas sobre as condições internas nos países da UE e sobre a ajuda financeira dos EUA/UE para a guerra na Ucrânia".

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A Google encerrou até 09 de junho mais de mil canais no Youtube e removeu mais de 140 vídeos relacionados com as eleições europeias por violar as políticas sobre conteúdo manipulado, divulgou hoje a tecnológica.

"A nossa equipa de Confiança e Segurança passou anos a criar um manual para proteger a comunidade do YouTube e a responder rapidamente a ameaças emergentes - implementaram-no em inúmeras eleições em todo o mundo, incluindo, este ano, em toda a União Europeia", refere a YouTube Team no blogue da Google Portugal.

A resposta "inclui a remoção de vídeos que possam, por exemplo, enganar os eleitores sobre como votar, incitar à violência ou promover certos tipos de desinformação eleitoral" e "aplicamos as nossas políticas em todos os idiomas, independentemente do perfil público ou político do interveniente", destaca a tecnológica, no dia em que partilha como as eleições para o Parlamento Europeu deste ano apareceram no YouTube e o que fazem para garantir que o conteúdo eleitoral de "alta qualidade" cresça na plataforma.

"Até 09 de junho, encerrámos mais de 1.000 canais e removemos mais de 140 vídeos relacionados com as eleições na UE por violarem as nossas Diretrizes da Comunidade, incluindo as nossas políticas sobre conteúdo manipulado e vídeos e imagens enganadores", adianta.

O YouTube "tem também mais de 100 moderadores de denúncias prioritárias em toda a UE, que possuem ferramentas adicionais para sinalizar conteúdo potencialmente violador para revisão".

Estas ONG e agências governamentais "abrangem uma vasta gama de conhecimentos, incluindo discurso de ódio e desinformação, complementando os esforços dos 20.000 revisores de conteúdos globais da Google e dos nossos sistemas automatizados", salienta a tecnológica.

"As nossas equipas dedicadas também trabalharam ininterruptamente durante vários meses para identificar operações de influência coordenadas que tentassem interferir nestas eleições" europeias.

A título de exemplo, em maio, "ao trabalhar com o Grupo de Análise de Ameaças da Google, encerrámos 21 canais do YouTube no âmbito da nossa investigação em curso sobre campanhas de desinformação ligadas à Rússia".

Estes canais partilharam "conteúdos em várias línguas da UE com narrativas críticas sobre as condições internas nos países da UE e sobre a ajuda financeira dos EUA/UE para a guerra na Ucrânia".

Quando a votação foi encerrada, "e como parte da nossa cobertura proativa destas eleições, tínhamos encerrado 240 canais por fazerem parte de operações de influência coordenadas dirigidas à UE", acrescenta a Google.

Antes das eleições, "introduzimos novas atualizações para ajudar os espetadores a compreender quando estão a ver um vídeo que contém conteúdo realista, alterado ou sintético".

Os criadores "são obrigados a divulgar quando carregam este tipo de conteúdo e depois adicionamos um rótulo de transparência para que os espectadores tenham este contexto importante", recorda. .

Na primeira quinzena de junho, "o rótulo de conteúdo alterado ou sintético foi exibido mais de 40 milhões de vezes em vídeos na UE" e "também aplicámos as nossas políticas de longa data que proíbem a desinformação prejudicial".

A prioridade número um, diz, é "proteger a comunidade do Youtube", tanto em época de eleições como durante todo o ano.

"Continuaremos a trabalhar nestes esforços em conjunto com os governos, a indústria e as ONG em toda a União Europeia e não só" e as equipas dedicadas "aplicarão estas ideias e lições ao nosso trabalho contínuo de apoio à integridade eleitoral em todo o mundo", remata.

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