22 jul, 2024 - 07:33 • Lusa
Alguns ministros do Governo brasileiro elogiaram no domingo a decisão do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de desistir da recandidatura à Casa Branca.
"Política não é personalismo, mas, sim, serviço a favor das ideias e valores. Biden dá demonstração enorme de grandeza política ao compreender que os democratas precisam de um fato novo para enfrentar o conservadorismo extremista que ameaça o mundo", reagiu a ministra do Planeamento e Orçamento, Simone Tebet, na rede social X (antigo Twitter).
Simone Tebet, uma das responsáveis pela elaboração da estratégia económica do Governo de Luiz Inácio Lula da Silva, apelou ainda aos democratas para que "tenham o mesmo altruísmo e sabedoria" de Biden na escolha de quem o vai substituir "para confrontar o extremismo".
Também o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, escreveu na X que a desistência de Biden é uma "grande decisão para derrotar a extrema-direita norte-americana".
Já José Renan Filho, à frente da pasta dos Transportes, indicou no Instagram que a desistência de Joe Biden é "um gesto de grandeza".
Biden demonstrou "desprendimento em momento crítico", reforçou o dirigente, elogiando o desempenho do líder dos EUA em questões como emprego, proteção ambiental e crescimento económico.
"Esse fato novo impulsionará reviravolta na eleição", defendeu.
Lula da Silva ainda não reagiu publicamente à decisão de Joe Biden.
O Presidente norte-americano anunciou no domingo a desistência da corrida às eleições presidenciais, justificando com o interesse do Partido Democrata e do país e afirmou que pretende terminar o mandato.
O líder dos Estados Unidos disse ter "a maior honra" da sua vida nas funções que ocupa há quase quatro anos, porém cedeu às pressões do próprio partido após o mau desempenho no primeiro debate televisivo, em junho passado, da corrida à Casa Branca contra o antigo Presidente (2017-2021) e candidato republicano, Donald Trump.
Pouco depois de ter anunciado a desistência, Joe Biden declarou "apoio total" à vice-Presidente, Kamala Harris, como candidata presidencial do Partido Democrata às eleições de 05 de novembro.