13 jul, 2024 - 18:03 • Lusa
A Coreia do Norte "denunciou nos termos mais fortes possíveis" a declaração conjunta da NATO que condena o alegado fornecimento de armas a Moscovo por Pyongyang, informou este sábado a agência de notícias oficial norte-coreana.
Numa declaração conjunta aprovada durante a cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), que decorreu esta semana em Washington, os líderes da aliança acusaram a Coreia do Norte de "alimentar a guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia" ao "fornecer ajuda militar direta" a Moscovo.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano "denuncia nos termos mais fortes possíveis e rejeita a 'declaração'", indicou a agência KCNA.
A declaração da NATO "é um programa agressivo que incita a uma nova Guerra Fria e a um confronto militar global" e "exige uma nova força e um novo modo de ação contra ela", acrescentou a agência.
Pyongyang tem negado repetidamente o fornecimento de armas a Moscovo.
Em junho, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o Presidente russo, Vladimir Putin, assinaram um acordo que prevê ajuda militar recíproca em caso de agressão.
No âmbito da cimeira da NATO, Seul e Washington também concordaram em implementar um sistema de dissuasão na península coreana para responder às ameaças nucleares da Coreia do Norte.
As relações entre as duas Coreias atingiram o ponto mais baixo nos últimos anos, com Pyongyang a intensificar os exercícios militares e a reforçar os laços com Moscovo.
Depois de a Coreia do Norte ter enviado uma série de balões carregados de lixo para o vizinho do sul, Seul suspendeu, no mês passado, um acordo militar destinado a reduzir as tensões e retomou os exercícios de fogo real perto da fronteira.