08 jul, 2024 - 21:04 • Redação
O furacão Beryl causou uma tempestade de categoria 1 por volta das 4 da manhã na madrugada desta segunda-feira que deixou mais de meio milhão de pessoas sem eletricidade. O furacão passou pelos arredores de Houston, no Texas, Estados Unidos da América.
Antes de atravessar para o Texas a tempestade já havia atravessado as Caraíbas como um furacão de categoria 5, onde causou 11 vitimas mortais. De seguida passou para a península mexicana de Yucatán como furacão de categoria 2, baixou temporariamente de intensidade para tempestade tropical, mas retomou a força de furacão durante o fim-de-semana.
A tempestade, que se aproximou do Texas com ventos sustentados de 75 mph (120km/h), atingiu a costa perto de Matagorda, a cerca de 95 milhas a sul de Houston, de acordo com o Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA (NWS).
Segundo o Storm Prediction Center, fora emitido um alerta relativamente ao possível surgimento de tornado numa área que abrange mais de 7 milhões de pessoas. Está previsto que a tempestade retorne a diminuir a sua intensidade de modo a transformar-se numa tempestade tropical e em seguida numa depressão à medida que se desloca para o interior ao longo do leste do Texas, para o vale do Mississipi e depois para o vale do Ohio.
De acordo com Jack Beven, especialista sénior em furacões do Centro Nacional de Furacões - "O Beryl está a deslocar-se para o interior, mas isto ainda não é o fim da história".
Embora tenha causado cortes de energia de grande dimensão, um dos primeiros impactos do furacão foi a inundação de partes da costa do Texas, onde os habitantes se viram obrigados a fechar as janelas com tábuas e as cidades de praia receberam ordens de evacuação.
As autoridades do Texas declaram estar com elevada preocupação relativamente à eficácia dos alertas dados.
"Uma das coisas que nos preocupa um pouco é o facto de termos analisado todas as estradas que saem da costa e os mapas ainda estão verdes". - disse Dan Patrick o vice-governador do estado.
No passado domingo mais de 120 condados foram receberam uma declaração de catástrofe, depois de o vice-governador do estado ter declarado que Beryl constituía uma grave ameaça para o Texas.
Os cientistas alertam para a chegada e a força do Beryl constituírem sinais preocupantes numa época de furacões que se prevê hiperativa.
A queima de combustíveis fósseis causou secções extremamente quentes do Oceano Atlântico, o que ajudou com que o furacão Beryl passasse de uma depressão tropical para uma tempestade de categoria 4 em apenas dois dias, antes de se fortalecer ainda mais, atingindo um máximo de categoria 5.
Segundo Brian McNoldy, um cientista climático da Universidade de Miami, o Mar das Caraíbas por onde Beryl causou devastação, já atingiu o pico de temperatura cerca de três meses antes, o que é "absolutamente louco".
"A formação do Beryl seria de qualquer modo espantosa, mas o facto de se formar em junho é completamente sem precedentes", afirmou McNoldy. "É simplesmente extraordinário ver as temperaturas do mar tão quentes".
A época de furacões irá prolongar-se até novembro e prevê-se que irá registar entre oito a 13 furacões.