23 jun, 2024 - 15:41 • Lusa
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo movimento radical Hamas, adiantou que já morreram 37.598 pessoas na Faixa de Gaza desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano, a 7 de outubro de 2023.
Nas últimas 24 horas foram registados pelo menos mais 47 mortes, adiantou este ministério, em comunicado.
Além disso, o organismo adiantou que, nos nove meses que já dura a guerra, registam-se 86.032 feridos no território palestiniano.
O conflito em curso na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita de 7 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Desde então, Telavive lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que até ao momento provocou mais de 37 mil mortos e mais de 85 mil feridos, de acordo com as autoridades do enclave palestiniano, controladas pelo Hamas desde 2007.
Calcula-se ainda que 10 mil palestinianos permanecem soterrados nos escombros após cerca de nove meses de guerra.
Pelo menos 15 palestinianos morreram hoje em bombardeamentos israelitas, concentrados desde a madrugada na cidade de Gaza, no norte do enclave, e no campo de refugiados de Nuseirat, no centro, informou a agência de notícias palestina Wafa.
"Aviões de guerra da ocupação [israelita] atacaram uma casa no bairro de Al Sabra, no sul da cidade de Gaza" e causaram oito mortes e dezenas de feridos, segundo a Wafa, citada pela EFE.
No centro do enclave, um 'drone' atacou um grupo de palestinianos perto de uma central elétrica no campo de Nuseirat, matando dois deles e causando vários feridos.
A estas dez vítimas mortais somam-se as causadas durante uma madrugada de atentados também concentrados na capital da Faixa de Gaza, conforme informou a agência local.
"Três cidadãos foram mortos e outros ficaram feridos, incluindo crianças e mulheres, num ataque aéreo israelita que teve como alvo um edifício residencial perto da Torre Al Jawhara", restos de um icónico edifício de escritórios, bombardeado em 2014, no centro da capital de Gaza.
Outras duas pessoas perderam a vida no ataque a uma casa em Al Shati, uma área onde um bombardeamento matou outros 24 habitantes de Gaza no sábado, num dos dias mais mortíferos para a Faixa nas últimas semanas, com pelo menos 101 mortos em toda a Palestina.
"No último dia, a Força Aérea Israelita atacou dezenas de alvos terroristas em toda a Faixa", refere um comunicado do Exército israelita divulgado hoje.O conflito causou também quase dois milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que está a fazer vítimas - "o número mais elevado alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.
Também na Cisjordânia e em Jerusalém leste, ocupados por Israel, pelo menos 520 palestinianos foram mortos pelas forças israelitas ou por ataques de colonos desde 7 de outubro.