05 mai, 2024 - 21:36 • Lusa
O grupo xiita libanês Hezbollah reivindicou este domingo dez ataques contra o norte de Israel, incluindo duas barragens de foguetes, em resposta a um bombardeamento israelita que matou quatro civis no sul do Líbano.
A organização libanesa explicou que seis destes ataques foram "em resposta ao crime horrível cometido pelo inimigo israelita na cidade de Meiss el Jabal", onde os bombardeamentos israelitas mataram pelo menos quatro civis, todos membros da mesma família, segundo a Agência Nacional de Notícias (ANN) libanesa.
A resposta incluiu o disparo de uma barragem de foguetes contra a cidade de Kiryat Shmona, tendo sido lançados cerca de 20 projéteis, e o disparo de outros 60 contra posições de artilharia e um grupo de soldados e veículos no norte da Alta Galileia, confirmou o exército israelita.
"Trata-se de um dos maiores bombardeamentos efetuados a partir do Líbano em plena guerra", declarou em comunicado as Forças de Defesa de Israel (IDF).
Em resposta ao "massacre" de Meiss el Jabal, o Hezbollah atacou também as cidades de Avivim e Shtula, no norte de Israel, com "armas apropriadas" que o grupo não especificou, enquanto utilizou mísseis e foguetes contra as localidades de Kfar Giladi e Margaliot, num dos dias mais violentos das últimas semanas na zona fronteiriça.
Segundo a ANN, o ataque aéreo israelita na cidade do sul do Líbano matou uma família, uma ação que foi igualmente condenada pela Unicef.
O Hezbollah também lançou ataques contra equipamentos de vigilância e espionagem em Ramya, Al Malkiya, Al Samaqa e Kfar Yuval, este último com mísseis.
O Hezbollah e Israel têm estado envolvidos num intenso fogo cruzado desde outubro, após o início da guerra de Gaza, confrontos que já causaram dezenas de mortos e deslocaram dezenas de milhares de pessoas de ambos os lados da fronteira comum.
Estes confrontos são os mais graves entre o Hezbollah e Israel desde o conflito de 2006 e têm-se intensificado ao longo dos meses, perante o receio de que o Líbano se possa tornar uma segunda frente no conflito de Gaza.