26 jan, 2024 - 00:29 • Ricardo Vieira, com agências
Um recluso condenado à pena de morte vai ser executado no estado do Alabama, nos EUA, com nitrogénio, um método nunca antes foi utilizado ou testado.
O recurso apresentado pelos advogados de Kenneth Eugene Smith foi recusado pelo Supremo Tribunal norte-americano e por outra instância judicial.
A defesa do recluso de 58 anos, condenado em 1989 pela morte de Elizabeth Sennett, fala num castigo “cruel e incomum”.
A execução por hipóxia de nitrogénio pode causar sofrimento desnecessário e uma fuga pode intoxicar as pessoas presentes na sala, alertam os opositores a este método.
O estado do Alabama tem 30 horas para realizar a execução de Kenneth Eugene Smith.
O recluso será preso a uma cama e vai receber o nitrogénio através de uma máscara.
Respirar nitrogénio puro provoca o colapso das células e a morte, mas alguns médicos alertam que também pode causar convulsões fortes e o recluso pode sobreviver, mas ficar em estado vegetativo.
Kenneth Eugene Smith está no chamado “corredor da morte” desde 1996. Sobreviveu a uma tentativa de execução por injeção letal, em novembro de 2022, indica o Centro de Informação da Pena de Morte.
“O estado tentou e não conseguiu executar o Sr. Smith usando a injeção letal, mas abandonou seus esforços depois de quatro horas, quando a equipa não conseguiu aceder a uma veia”, refere a organização.
Kenneth Eugene Smith foi contratado para assassinar Elizabeth Sennett, de 45 anos. O colega de crime John Parker foi executado em 2010. O mandante do crime foi o marido de Elizabeth Sennett, que pagou cerca de mil dólares pelo assassinato.