Tempo
|
A+ / A-

Estudo Clima

Oceano Ártico poderá ficar sem gelo no verão daqui a sete anos

06 jun, 2023 - 21:20 • Lusa

A ausência de gelo significa, segundo os cientistas, uma área inferior a um milhão de quilómetros quadrados, já que pode haver gelo residual ao longo da costa.

A+ / A-

O oceano Ártico poderá ficar sem gelo no verão a partir de 2030, dez anos antes do previsto anteriormente, segundo uma investigação hoje publicada que estudou todos os cenários de emissões de dióxido de carbono, incluindo as baixas.

A investigação, hoje publicada na revista da especialidade Nature Communications, foi conduzida por cientistas da Coreia do Sul, Alemanha e do Canadá, que utilizaram dados de observação do período 1979-2019 para fazer novas simulações.

O sexto relatório de avaliação do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas da ONU, divulgado em março, apontava que o Ártico estaria praticamente sem gelo no mês de setembro perto de meados do século em cenários de emissões poluentes intermédias e altas.

Setembro é o mês em que o gelo no oceano costuma atingir o seu mínimo anual.

A ausência de gelo significa, segundo os cientistas, uma área inferior a um milhão de quilómetros quadrados, já que pode haver gelo residual ao longo da costa.

O oceano Ártico totaliza uma área de aproximadamente 14 milhões de quilómetros quadrados e está coberto de gelo durante a maior parte do ano, mas a sua extensão tem diminuído acentuadamente desde 2000.

O gelo desempenha um papel fulcral no verão ao refletir os raios solares permitindo arrefecer o oceano.

De acordo com os autores do novo estudo, o desaparecimento do gelo irá acelerar o aquecimento do Ártico, levando ao aumento de fenómenos meteorológicos extremos em latitudes médias, como as canículas e os fogos florestais.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+