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Estados Unidos

Trump detido para conhecer acusações no caso Stormy Daniels

04 abr, 2023 - 18:30 • Ricardo Vieira

Donald Trump vai ser hoje formalmente indiciado por um juiz. O ex-presidente vai também tirar as impressões digitais, para ficar no registo criminal.

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O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump deu esta terça-feira entrada num tribunal de Manhattan, em Nova Iorque, e foi detido provisoriamente para ser formalmente acusado no caso Stormy Daniels.

Donald Trump foi indiciado de 34 crimes, mas negou as acusações perante juiz.

Donald Trump acenou à multidão à entrada do tribunal, mas não proferiu declarações.

Minutos antes publicou uma mensagem nas redes sociais: "A caminho do tribunal de Manhattan. Parece tão SURREAL - UAU, eles vão PRENDER-ME. Não posso acreditar que isso está a acontecer na América. MAGA!".

Centenas de pessoas concentraram-se junto ao edifício, com mensagens de apoio e de oposição a Donald Trump.

O milionário é o primeiro ex-presidente norte-americano a ser detido.

Donald Trump foi formalmente indiciado por um juiz e deixou o tribunal depois das 20h00 de Portugal continental.

O juiz espera que o julgamento de Donald Trump pode começar em janeiro de 2024.

O que está em causa no caso Stormy Daniels?

A acusação acontece na sequência de uma investigação judicial à suspeita de que teria realizado, em 2016, um pagamento não declarado de 130 mil dólares à atriz pornográfica Stormy Daniels . O objetivo era silenciar um alegado relacionamento extraconjugal que terá ocorrido em 2006.

O pagamento à atriz foi alegadamente dissimulado como honorários a Michael Cohen, ex-advogado de Donald Trump.

Há cinco anos, Michael Cohen, foi condenado por evasão fiscal e violação da lei federal de financiamento da campanha eleitoral (presidenciais de 2016) relacionados com o pagamento a Daniels.

No processo em questão, os investigadores acusaram Cohen de ter agido por ordem de Donald Trump, que reembolsou o advogado através de pagamentos em cheque (quando já era presidente). Documentos do tribunal, no caso federal de Cohen, referiam que a Organização Trump descreveu falsamente os pagamentos como despesas legais.

Em suma, Donald Trump não será acusado pelo pagamento em si, mas porque, segundo o procurador, terá falsificado as contas da empresa para registar o pagamento em questão como honorários. Assim, neste caso, os procuradores sustentam que o reembolso violou a lei estatal.

[Artigo atualizado às 21h00]

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