04 abr, 2023 - 11:16 • André Rodrigues , Olímpia Mairos
Jens Stoltenberg mostra-se “feliz e orgulhoso por ser o secretário-geral que dá as boas-vindas à Finlândia como membro de pleno direito da Aliança”.
“Isso é importante para a NATO e é importante para a Finlândia”, destacou em conferência de imprensa, em Bruxelas.
Para o secretário-geral da Aliança Atlântica a adesão da Finlândia à NATO, “é importante, principalmente, para a região nórdica e a região do Báltico”, lembrando que “basta olhar para o mapa e perceber o quão importante é a Finlândia para a segurança na região nórdica e báltica”.
“E também, é claro, a Finlândia traz capacidades de última geração, força substancial e também a indústria de defesa avançada para o seio da Aliança”, observou.
Para Jens Stoltenberg esta terça-feira, dia em que a NATO celebra o seu 74.º aniversário, é um bom dia para acolher a Finlândia.
“É um grande dia para receber a Finlândia como membro, mas vamos garantir que a Suécia também se torne um membro de pleno direito. Devemos lembrar que todos os aliados concordaram em convidá-los e que todos os aliados assinaram o protocolo de adesão”, observou.
O secretário-geral da NATO reconhece que falta ainda desbloquear a adesão da Suécia, como membro de pleno direito. E garante que tudo está a ser feito para que tal aconteça o mais depressa possível.
“No caso da Suécia, só falta a ratificação nos parlamentos. Estou confiante de que isso vai acontecer. A Suécia está numa posição muito melhor agora do que antes da candidatura. E continuamos a trabalhar de forma muito dedicada para que possamos finalizar o processo de ratificação com certeza”, garantiu.
Questionado sobre a intenção anunciada pela Rússia de colocar armas nucleares táticas na Bielorrússia, Stoltenberg garante que a NATO está atenta às movimentações em Moscovo.
“A retórica nuclear do presidente Putin no ano passado e até antes da invasão é realmente perigosa e imprudente. É claro que acompanhamos de perto o que a Rússia faz, e até agora não vimos nenhuma mudança na postura nuclear da Rússia que exija mudanças na nossa postura”, disse.
“Permanecemos vigilantes, acompanhamos de perto o que fazem e tomaremos as medidas necessárias para garantir a segurança. Não se trata de provocar conflitos, mas de preservar a paz e evitar mal-entendidos ou erros de cálculo em Moscovo sobre a nossa prontidão para proteger todos os aliados”, acrescentou.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO reúnem-se esta terça-feira no quartel-general da Aliança Atlântica, em Bruxelas, para discutir o apoio conjunto à Ucrânia, no mesmo dia em que a Finlândia se torna o 31.º aliado.