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Embaixada de Israel em Lisboa fechada "até nova ordem"

27 mar, 2023 - 14:38 • Redação com Lusa

União de Sindicatos de Israel convocou greve geral face aos planos de reforma judicial apresentados por Netanyahu, que já levaram o primeiro-ministro a demitir o seu ministro da Defesa. Presidente israelita já pediu ao executivo que reverta reforma.

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A embaixada de Israel em Lisboa vai fechar portas já esta segunda-feira e vai permanecer encerrada "até nova ordem", indicou a representação diplomática hebraica no Twitter.

"Devido à decisão da União de Sindicatos em Israel - para a qual todas as embaixadas israelitas são instruídas a parar de trabalhar e a entrar em greve - a Embaixada será fechada hoje até nova ordem."

A notícia surge horas depois de o Presidente israelita ter pedido ao executivo hebraico que reverta os seus planos de reforma judicial, que ontem levaram o primeiro-ministro a demitir o ministro da Defesa, depois de Yoav Gallant ter pedido publicamente o fim dessa reforma, na primeira voz crítica à proposta dentro do Governo.

A decisão de Benjamin Netanyahu levou mais de 600 mil pessoas para as ruas em protestos maciços e improvisados em várias cidades israelitas.

As universidades de todo o país fecharam "até nova ordem" em protesto e os sindicatos apelaram a uma greve geral contra os planos do Governo.

A reforma judicial desencadeou uma das mais graves crises internas de Israel, ao unir, em oposição generalizada, líderes empresariais, funcionários judiciais e mesmo militares do país.

A peça central da revisão é uma lei que dará à coligação governamental a última palavra sobre todas as nomeações judiciais. Outras leis podem dar ao parlamento a possibilidade de anular decisões do Supremo Tribunal e limitar a revisão judicial das leis.

Netanyahu e aliados disseram que o plano vai devolver o equilíbrio entre os ramos judicial e executivo e controlar o que consideram ser um tribunal intervencionista com simpatias liberais.

Mas críticos advertiram que as leis vão eliminar o sistema de controlos e equilíbrios de Israel e concentrar o poder nas mãos da coligação governamental, acrescentando que Netanyahu, a ser julgado por acusações de corrupção, tem um conflito de interesses.

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