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Guterres quer a água no centro das agendas políticas

25 mar, 2023 - 00:02 • Lusa

O líder das Nações Unidas voltou a frisar a necessidade de se estabelecerem compromissos "revolucionários, inclusivos e orientados para a ação", de forma a colocar água e o saneamento seguro e sustentável ao alcance de todas as pessoas no planeta.

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O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, encerrou hoje a Conferência da Água 2023 com um apelo para que os recursos hídricos sejam colocados no centro da agenda política global.

Perante o plenário da Assembleia-Geral da ONU, no encerramento da Conferência da Água 2023, Guterres agradeceu aos representantes de Governos, cientistas, académicos, grupos da sociedade civil, povos indígenas, empresas e jovens que se reuniram em Nova Iorque nos últimos três dias para discutir uma melhor gestão da água, "o bem comum global mais precioso da humanidade".

"Esta conferência demonstrou uma verdade central: como o bem comum global mais precioso da humanidade, a água une-nos a todos. E flui através de uma série de desafios globais. Água é sobre saúde, saneamento, higiene e prevenção de doenças. Água é sobre paz", disse o ex-primeiro-ministro português.

"É por isso que a água precisa de estar no centro da agenda política global. Todas as esperanças da humanidade para o futuro dependem, de alguma forma, de traçar um novo rumo para gerir e conservar de forma sustentável a água para as pessoas hoje e amanhã", defendeu.

O líder das Nações Unidas voltou a frisar a necessidade de se estabelecerem compromissos "revolucionários, inclusivos e orientados para a ação", de forma a colocar água e o saneamento seguro e sustentável ao alcance de todas as pessoas no planeta.

"As nossas esperanças dependem de dar vida à Agenda de Ação pela Água, forjada esta semana", frisou.

Nesse sentido, Guterres ressaltou a importância de se reduzir as pressões sobre o sistema hidrológico; desenvolver novos sistemas alimentares alternativos para reduzir o uso insustentável de água na produção de alimentos e na agricultura; ou integrar abordagens sobre a água, ecossistemas e clima para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

"Sem água, não pode haver desenvolvimento sustentável. Ao deixarmos esta conferência histórica, vamo-nos comprometer novamente com o nosso futuro comum. Vamos dar os próximos passos na nossa jornada para um futuro com água segura para todos", concluiu.

Com início na passada quarta-feira, esta Conferência da Água - a primeira do género desde 1977 - foi organizada pela Holanda e pelo Tajiquistão e procurou compromissos de todo o mundo para uma transformação radical na forma como a água é gerida.

Além das sessões plenárias, o encontro contou com diálogos sobre temas específicos como "Água e Saúde", "Água e Desenvolvimento Sustentável" ou "Água e Mudanças Climáticas" e cerca de 550 eventos paralelos, tanto no complexo da ONU quanto em outras zonas de Nova Iorque.

Portugal esteve representado na Conferência pelo ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, que disse à Lusa que Portugal foi chamado a partilhar com outros países as suas experiências ao nível de gestão de rios internacionais.

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