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“Urge investigação sobre violação dos direitos da criança” na Ucrânia, diz organização não-governamental

23 mar, 2023 - 09:38 • Olímpia Mairos

De acordo com Save the Children, desde a invasão russa à Ucrânia, mais de 21 mil pessoas foram mortas ou feridas, incluindo quase 1.500 crianças, embora a ONU acredite que os números reais sejam muito mais altos.

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A organização não-governamental Save the Children, face às denunciadas violações dos direitos das crianças na Ucrânia, exorta a comunidade internacional a uma abordagem abrangente de responsabilização, incluindo o direito à verdade e à não repetição da violação dos direitos humanos.

Em comunicado, reclama “uma investigação completa após uma Comissão de Inquérito das Nações Unidas ter encontrado numerosas violações do direito internacional cometidas na Ucrânia, incluindo transferências forçadas e deportações de crianças dentro e fora da Ucrânia”.

No seu relatório de 15 de março, a Comissão de Inquérito das Nações Unidas sobre a Ucrânia enumera as violações cometidas na Ucrânia: execuções sumárias, ataques a civis em fuga, confinamento ilegal, tortura e tratamento desumano, violência sexual e de género e ataques ilegais em território controlado pela Ucrânia e pela Federação Russa.

"Além disso” – destaca a organização não-governamental – “a Coi analisou a transferência de 164 crianças e adolescentes entre 4 e 18 anos de idade das regiões de Donetsk, Kharkiv e Kherson, que ficaram órfãs pela guerra ou que perderam o contacto com as famílias durante as hostilidades, estabelecendo que isto constituía uma violação do direito humanitário internacional e um crime de guerra”.

De acordo com Save the Children, desde a invasão russa à Ucrânia, mais de 21 mil pessoas foram mortas ou feridas, incluindo quase 1.500 crianças, embora a ONU acredite que os números reais sejam muito mais altos.

“O conflito armado forçou mais de 5 milhões de pessoas na Ucrânia a fugir das suas casas e atualmente quase 19 milhões de pessoas no país necessitam de assistência humanitária”, alerta, sublinhando que “nenhuma região da Ucrânia foi poupada por esta guerra brutal”.

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